Segundo semestre não vai começar para alunos da rede estadual
Depois de um semestre de paradas de advertência e manifestações, os 45 mil profissionais da educação estadual estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi decidida nesta manhã em assembléia realizada na Escola Estadual Wiston Churchil, em Natal. Com a greve, o segundo semestre letivo não é iniciado em todo estado.
"O governo teve o primeiro semestre para fazer o processo de negociação", destaca a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN), Fátima Cardoso. "Deflagramos a greve e não tivemos um voto contrário", explica a coordenadora sobre a indignação da categoria em relação as negociações que vêm sendo feitas com o Governo Estadual.
Na pauta de reivindicações, a categoria pede a formação da comissão responsável pela implantação do Plano de Cargos e Carreira dos educadores, bem como que vigore a promoção de títulos e letras, aos quais a coordenadora do Sinte-RN enfatiza que desde 1994 espera para ser implantada e atinge cerca de 12 mil professores. De acordo com Fátima Cardoso, o não estabelecimento da promoção vem significando uma perda de 10% a 30% do salário ao mês.
A não incorporação da Gratificação de Mérito Educacional que deveria beneficiar a 2000 docentes é outra insatisfação da categoria. Para este grupo, o prejuízo, segundo cálculos do sindicato, é de cerca de 16,87%.
A coordenadora do Sinte-RN comenta que em agosto o Congresso Nacional deve votar o piso salarial nacional dos educadores: sendo de R$ 900 para professores que têm nível médio e R$ 1.100 para os de nível superior. "Se governadora diz que não tem dinheiro para pagar os professores, como vai ser para ela pagar o piso?", questiona.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
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