quarta-feira, 11 de julho de 2007

Operação Impacto apreende mais de R$ 100 mil com vereadores de Natal


Operação Impacto apreende mais de R$ 100 mil com vereadores de Natal
O prédio da Câmara Municipal de Natal foi fechado na manhã desta quarta-feira (11/07) em uma ação conjunta do Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar intitulada operação Impacto. Promotores de justiça e delegados estavam com mandatos de busca e apreensão que permitiam diligências realizadas não só nos gabinetes dos vereadores como também em suas residências. O objetivo era investigar supostas irregularidades na conduta de parlamentares no processo de votação das emendas do Plano Diretor de Natal. Pelo menos R$ 94,4 mil foram apreendidos.
Segundo a polícia, os supostos envolvidos são os vereadores Dickson Nasser (PSB) - presidente da casa -, Renato Dantas (PMDB), Emilson Medeiros (PPS), Salatiel de Souza (sem partido), Adenúbio Melo (PSB), Geraldo Neto (PMDB) e Sargento Siqueira (PV). Ao todo, cerca de 15 equipes formadas por Policiais Civis, promotores e delegados estiveram ao longo de toda a manhã ocupando a sede dos vereadores. Somente por volta das 11h40 da manhã, as seis viaturas de polícia estacionadas ao redor da Câmara começaram a sair do local repletas de policiais e malotes contendo inúmeros documentos e alguns computadores.
No final da manhã, pouco tempo depois dos agentes da civil deixarem o prédio da Câmara, o procurador-geral de Justiça do estado José Augusto Perez concedeu uma entrevista coletiva para esclarecer os detalhes da megaoperação. Abismado como valoer de dinheiro apreendido, ele classificou as quantias com bastante consideráveis.
As maiores apreensões foram feitas com o vereador Geraldo Neto, do PMDB, que teria recebido a quantia de R$ 77 mil, seguido de Emílson Medeiros, relator do projeto do Plano Diretor, com R$ 12,4 mil. Durante as buscas no local, ninguém quis falar com a imprensa. Quatro vereadores foram até lá na manhã desta quarta. Salatiel de Souza, Júnior Rodoviário, Fernando Lucena e Bispo Francisco de Assis. Salatiel disse ter sido avisado por conhecidos e estava apresentando inclusive a chave de seu apartamento para uma possível busca. Segundo ele, não havia o que temer e mesmo com a especulação sobre a causa das buscas ser um possível pagamento de propina relacionado à votação do Plano Diretor de Natal, na semana passada, ele foi enfático. ``Abro as minhas contas bancárias e ligações telefônicas se for preciso'', declarou.
fonte: Diário de natal

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