Uma pane no sistema de comunicação do Cindacta-4, de Manaus, na madrugada deste sábado provocou problemas nos pousos e decolagens de vôos internacionais. A pane, já controlada, gerou reflexos, como atrasos e cancelamentos de vôos por todo o país.
O presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos no país), brigadeiro José Carlos Pereira, disse que a pane durou duas horas e já foi solucionada.
"Eu fui avisado que houve um colapso elétrico e o sistema saiu do ar, com radares e comunicações, por cerca de duas horas. Isso gerou atrasos em vários aeroportos na região controlada pelo Cindacta-4", afirmou.
A pane afetou vários vôos que chegavam ou saíam do país. Dois vôos da American Airlines que saíram de Cumbica (Guarulhos) com destino a Miami (EUA) nesta madrugada tiveram de fazer um pouso técnico (não programado) no aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Após a reabilitação do sistema, os vôos seguiram, respectivamente, às 5h40, e 5h52.
O presidente da Infraero disse que nenhum incidente foi registrado diante da pane identificada no controle aéreo. O Cindacta-4 controla o tráfego aéreo nos Estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia.
Efeito cascata
O presidente da Infraero admitiu que além de atrasar todos os vôos que têm ligações com a região Norte do país, a pane provocou reflexos em outros aeroportos do país. "Todo tráfego aéreo que tem alguma conexão com a Amazônia foi afetado", disse.
Balanço registrado pela Infraero neste sábado mostra que 38% dos 763 vôos programados entre 0h e 12h estavam com atrasos de mais de uma hora. Outros 10,6% tinham sido cancelados.
A situação é pior nos aeroportos das regiões Norte e Nordeste do país. No aeroporto de Belém (PA), 82,3% dos vôos programados para ocorrerem até as 12h tinham atrasos de mais de uma hora. Outros 5,8% foram cancelados. Em Recife (PE), os atrasos atingiam 59,2% dos vôos. Em Guarulhos, 32,8% dos vôos estavam atrasados.
Neblina
No aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), 67,8% dos vôos programados para ocorrerem até as 12h estavam atrasados e 3,7% foram cancelados.
O aeroporto foi fechado por conta de uma neblina, que interrompeu as partidas e descidas das 6h39 às 7h41. As operações de decolagem foram retomadas a partir das 7h41 e o mau tempo interrompeu novamente as operações a partir das 8h40. Às operações de pouso e decolagem retomadas com o auxílio de equipamentos às 10h55.
Congonhas
Em Congonhas, palco do maior acidente da história da aviação do país, 17,2% dos vôos programados para o período da 0h às 12h estavam com atrasos com mais de uma hora. Outros 24,6% dos vôos foram cancelados.
Na última terça-feira um acidente com o Airbus-A320 da TAM que fazia o vôo 3054 matou cerca de 200 pessoas. A aeronave havia decolado de Porto Alegre com 187 ocupantes e, sem controle, atravessou a pista de pouso, a avenida Washington Luís e bateu no prédio da TAM Express. Equipes de resgate permanecem no local em busca das vítimas. Foi o maior acidente da aviação brasileira.
A partir de hoje, o Corpo de Bombeiros passa a contar com a ajuda de cães farejadores na busca das vítimas.
Segundo o capitão Mauro Lopes, os cães serão utilizados no prédio da esquerda do complexo, onde estão concentrados os trabalhos de busca. A utilização dos animais, segundo o capitão, é necessária pois os homens não conseguem acessar partes das lajes. 'No entanto, elas só irão entrar caso a estrutura propicie isso', afirmou Lopes.
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