quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Após pressão, votação será aberta e caso Renan fica para 4ª

Após pressão da oposição, a votação do relatório que pede a cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética será aberta. Por dez votos a cinco, os representantes do órgão derrubaram a decisão anunciada pouco antes pelo presidente do conselho, senador Leomar Quintanilha (PMDB-AL), de que a votação seria secreta.

A votação do relatório - apresentado em conjunto pelos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) - só poderá ser realizada na próxima quarta-feira, porque um aliado de Renan, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), apresentou pedido de vista do texto. Foram mais de sete horas de discussão em clima tensão e com bate-boca entre o terceiro relator do caso e aliado de Renan, Almeida Lima, e o tucano Tasso Jereissati.

Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Os R$ 12 mil mensais eram destinados para o pagamento de pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha fora do casamento. Renan tentou provar por meio de vasta documentação que tinha renda suficiente e não precisa dos recursos da construtora. Mas laudo da perícia sobre os papéis apresentados mostra irregularidades e versões contraditórias.

Fonte: O Estadão

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