quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

CNBB ataca aborto e uso de células-tronco

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou ontem a Campanha da Fraternidade 2008, que é contra a legalização do aborto, a prática da eutanásia, o uso de células-tronco e as práticas de reprodução assistida, entre outros. O tema da campanha é "Fraternidade e Defesa da Vida".

Igreja e governo evitaram polemizar ontem, embora tenham posições antagônicas em relação aos temas, principalmente à descriminalização do aborto. "Vamos chorar por qualquer mulher que morra de um aborto clandestino, mas isso não faz com que seja um problema de saúde pública", disse dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da conferência.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou como representante seu chefe-de-gabinete, Gilberto Carvalho. Petista e teólogo, ele afirmou que a questão do aborto não é um assunto do governo. "É um tema da sociedade. Quanto mais informação, mais educação, melhor. É por isso que o governo apóia abertamente essa campanha."

A igreja planeja uma campanha para "desenvolver nas pessoas a consciência crítica" e "propor e apoiar políticas públicas que garantam a promoção e defesa da vida".

A CNBB também fará lobby público contra a aprovação de projetos de lei que ampliem as possibilidades legais de aborto --hoje só permitido em casos de estupro ou quando a gestante corre risco de morrer.

As opiniões da igreja chocam-se diretamente com a avaliação do ministro José Gomes Temporão (Saúde). Ele considera a prática clandestina de aborto --cerca de 1,1 milhão por ano, nas contas do governo-- um problema de saúde pública.

O texto da CNBB diz que não há "fundamento ético" para essa freqüência de abortos e que as estimativas são "difíceis de serem comprovadas". A assessoria de Temporão afirmou que ele não daria entrevista, mas ressaltou que qualquer proposta de debate é extremamente saudável. Na campanha, a CNBB não propôs debate público, mas disseminação de seu ponto de vista. "A defesa da vida é inegociável", diz d. Dimas.

A CNBB condenou o que seriam "resultados ainda muito preliminares" do uso de células-tronco --cuja pesquisa será julgada pelo STF neste ano.

Fonte: Folha Online

Missa marca um ano da morte de João Hélio; polícia ainda investiga acusados

Uma missa iniciada por volta das 12h15 desta quinta-feira na igreja da Candelária, no Rio, marca um ano da morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, 6. No dia 7 de fevereiro do ano passado, ele foi arrastado por 7 km nas ruas da zona norte da cidade, preso ao cinto de segurança do veículo levado por assaltantes.

A Polícia Civil informou hoje que dará andamento ao inquérito já instaurado para apurar uma eventual formação de quadrilha ou bando dos acusados pela morte do garoto, que na semana passada foram condenados, juntos, a uma pena de 167 anos e três meses de prisão.

João Hélio estava com a mãe e a irmã quando o carro foi parado por criminosos, em Oswaldo Cruz. Ele não conseguiu sair, ficou preso pelo cinto de segurança. Os acusados são quatro adultos e um adolescente.

Quadrilha

O delegado Hércules Pires do Nascimento, do 30º DP (Marechal Hermes), que coordenou as investigações a respeito dos autores da morte do menino, informou que o inquérito já instaurado em 2007 para apurar se os acusados também serão enquadrados em crime de formação de quadrilha ou bando será retomado.

Ele afirmou que o inquérito foi instaurado em paralelo à morte de João Hélio e não tem correlação. "Temos informação que eles [os criminosos] se valiam do mesmo local onde abandonaram o carro que vitimo João Hélio para deixar outros veículos fruto de roubo", afirma Nascimento.

O delegado informou que irá ouvir em depoimento os quatro condenados pela Justiça e o adolescente que cumpre medida socioeducativa. O primeiro interrogado será Diego Nascimento da Silva, em data ainda não definida.

Fonte: Folha Online

Dor e revolta no enterro de adolescente morte por PM em Macau

Amigos e familiares da estudante Cintia Luciana Reis de Queiroz, 13, morta com um tiro na cabeça na quarta-feira passada durante o carnaval de Macau, esperam que seja feita justiça e que a morte da garota não fique impune.``Nós esperamos que seja tudo feito da forma correta. Sei que o Comando da PM já tomou as providências'', disse Roberto Queiroz, tio da vítima e policial militar.

A estudante foi morta por um dos três tiros disparados pelo soldado Ednaldo Manoel do Nascimento quando este se envolvia em uma confusão com mais três pessoas que estavam distantes do local onde a garota estava com alguns familiares por volta das 5h30.

Ela foi atingida na cabeça e morreu no local. Outras duas pessoas - João Maria dos Santos e Davi Charly de Souza - foram feridas pelo PM e passam bem. Informações da Polícia Militar afirmam que o soldado Ednaldo não estava de serviço naquele dia. O PM tentou fugir da cidade em uma moto, mas foi preso à altura de Baixa do Meio, distrito de Guamaré.

O PM foi autuado em flagrante pelo delegado Ailson Dantas, titular da DP de Ceará Mirim e que estava de plantão em Macau, por homicídio. Ele disse que o inquérito já foi remetido à Justiça e que o caso agora está com a Delegacia Regional de Macau.

Roberto Queiroz classificou o fato ocorrido com sua sobrinha como ``um fato isolado'', mas que ``a família quer justiça''. ``Ele tem que pagar pelo que cometeu'', declarou.

Ele disse que conhecia o soldado Ednaldo ``de vista''. ``Não tinha amizade com ele. Apenas nos vimos algumas vezes e nos cumprimentamos'', lembra. Roberto disse que tinha ouvido algumas coisas acerca do PM, mas ``preferia não comentar''. ``Vamos correr atrás de todos os meios legais nesse caso'', avisou.

O tio de Cintia disse que quando soube do fato pensou que fosse apenas um tiroteio. ``Depois é que mantive contato com algumas amigos meus policiais e eles me informaram do que se tratava'', disse. ``Ele agiu por imprudência'', comentou.

Outro tio da vítima, Manoel Freire de Queiroz Júnior, lamentou muito a morte da sobrinha e questionou a atitude do policial militar principalmente quanto às roupas usadas e as ``características de embriaguez do mesmo.

Ele contou o que aconteceu na manhã da quarta-feira passada. ``Ele (Ednaldo) estava perto do palco quando começou uma discussão com outras quatro pessoas que estavam próximas.

Segundo o tio de Cintia, o acusado aparentava estar embriagado. ``Ele vestia roupa de vagabundo e mexeu com a mulher de um dos homens, que foi tirar satisfação. Aí, o policial sacou arma e foi logo atirando. O primeiro tiro atingiu logo a minha sobrinha e os outros dois feriram de raspão outras duas pessoas'', narrou.

O arcebispo Dom Matias Patrício esteve no velório da estudante e também lamentou o ocorrido. ``Isso é uma falta de responsabilidade'', afirmou. Ele disse que foi ao velório ``para fazer uma prece por ela''. O clima no velório da estudante era de muita tristeza e revolta antes do sepultamento na manhã desta quinta no cemitério do Bom Pastor II.

O pai de Cintia, Rildo Queiroz, disse que a filha estava com alguns parentes e que vinham embora de Macau naquele dia. ``Aquilo foi uma atitude banal. É uma falta de segurança deixar uma pessoa assim andar armada, mas a impunidade é grande'', declarou.

Ele disse que a filha era uma pessoa muito querida e alegre. ``Sempre passamos o carnaval lá em Macau'', declarou. Pai de mais dois filhos, Rildo disse que Cintia era ``a filha do meio''. ``É um pesadelo grande'', afirma pai da estudante enquanto observava o corpo da filha dentro do caixão no centro de velório.

Fonte: DN Online

Procuradoria da União vai tentar derrubar liminares concedidas a comerciantes de Caicó

A Procuradoria-Geral da União anunciou que vai recorrer das liminares concedidas durante o carnaval por um juiz substituto da 9ª vara federal que autorizaram alguns comerciantes e clubes localizados às margens da BR-427 a comercializarem bebidas alcóolicas.

A PGU derrubou na justiça , doze liminares contra a Medida Provisória que tinham sido concedidas no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

A Procuradoria-Geral da União argumenta que leis proibindo a venda de bebidas alcóolicas nas margens das estradas federais já foram consideradas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DN Seridó

Aposentada de 84 anos é estuprada em São Tomé

Um crime chocou os moradores da cidade de São Tomé, distante 101 Km de Natal, na noite do sábado passado. A aposentada Maria Rosa da Paz, 84, foi estuprada em sua casa por Francisco José da Silva, o ``Chico de Adinha''.

Segundo informações do sargento Saulo de Tarso, que é delegado daquela cidade, o crime foi praticado por volta das 22h quando a vítima estava sozinha em sua casa. ``Ele foi até a casa dessa senhora e pediu um pacote de pipoca. Depois pediu outro. Foi nessa hora que ele a agarrou e empurrou para dentro de casa'', narrou.

Dentro da casa, de acordo com o delegado, o acusado continuou agarrando a vítima em pé enquanto tirava sua roupa. ``Ela pediu que ele não fizesse aquilo, mas o acusado a empurrava até a cama da filha dela'', declarou. ``Ele a estuprou naquele local tanto é que foram encontradas manchas de sangue'', completou.

O delegado disse que também foram encontradas manchas de sangue no banheiro da casa onde o acusado foi se limpar após a prática do estupro. ``Como ela ficou ensanguentada, ele saiu da casa e foi a chamar a filha dela para dizer que a senhora estava sangrando muito para assim poder se livrar da acusação'', afirmou.

``Chico de Adinha'' foi para sua casa enquanto a aposentada era socorrida e levada ao hospital da cidade. ``Após recobrar a consciência, ela disse que tinha sido estuprada pelo acusado'', disse. De imediato, a polícia foi acionada e o prendeu. Além disso, o boné usado por ele foi encontrado na casa da vítima.

O acusado foi levado à delegacia da cidade onde foi autuado em flagrante por estupro. ``Temos informações que ele já responde por uma tentativa de homicídio'', informou o sargento. Indagado se a população tentou linchá-lo pelo crime, o delegado disse que todos foram pegos de surpresa.

Contudo, na delegacia, os presos tentaram seviciá-lo, mas foram impedidos com a transferência do acusado para uma cela sozinho.``Na cidade, ele agora é conhecido como `monstro do Maruim', em referência ao bairro onde morava em São Tomé'', informou.

O sargento Saulo de Tarso informou que o acusado está detido na delegacia de São Tomé e a aposentada está sob cuidados médicos e da família também na cidade.

Fonte: DN Online

Hemocentro de Mossoró convoca doadores para repor estoque de sanque

O Hemocentro de Mossoró retomou ontem, 6 de fevereiro, as atividades de coleta de sangue para repor o estoque, que foi usado durante a folia de Momo. A assistente social Maria Zélia Marcelino menciona que pelas normas do órgão prefere não falar em números, mas o estoque está aquém do desejado.

"Nós temos um fluxo de entrada e saída muito grande de sangue. Antes do carnaval nós nos preparamos bem, mas agora que a folia acabou precisamos que os doadores voltem o mais breve possível ao banco de doações. Para quem necessita receber o sangue coleado não há período de pausa. Sempre estamos necessitando de novas doações porque a procura é freqüente. Eu peço à população que colabore conosco", disse.

Maria Zélia esclarece que o Hemocentro necessita de todos os tipos de sangue. Ela enfatiza que a coleta é realizada com total segurança, usando materiais descartáveis e com acompanhamento médico para o doador. São retirados em torno de 450ml de sangue que são repostos rapidamente pelo organismo. Após alguns dias, o doador irá receber gratuitamente o resultado de uma bateria de exames que indicará se o sangue foi liberado para o uso em hospitais.

As coletas são realizadas diariamente na unidade do Hemocentro, localizada ao lado do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), ou em frente à Câmara Municipal de Mossoró, na unidade móvel, estacionada no local às terças, quartas e quintas-feiras. Quem desejar mais informações pode entrar em contato pelos telefones (84) 3315-3428 e (84) 3315-3423.

Fonte: O Mossoroense