Contas em minutos começam a chegar este mês no RN

Cerca de 92,5% dos 14,3 milhões de usuários da OI na telefonia fixa, nos 16 estados em que a empresa atua, estão com suas ligações tarifadas em minutos, de acordo com um balanço preliminar da companhia. No Rio Grande do Norte, a mudança atinge apenas 22 dos 167 municípios. Nos outros 145, a transição era técnica e economicamente inviável - os usuários pagarão o Plano Básico (R$ 39,22) e não será cobrada a ligação entre telefones fixos.

De acordo com a OI (antiga Telemar), a migração obrigatória foi realizada gradativamente dentro do prazo acertado com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel): entre 1º de março e 31 de julho, na área de atuação da companhia. No RN, as primeiras contas em minutos começam a chegar aos consumidores este mês.

A OI não divulgou números específicos do RN, alegando que os dados por estado ainda estão sendo contabilizados. Em nível nacional, mais de 30% dos usuários tarifados em minutos pela empresa estão em planos alternativos, sendo que o restante está nos planos Básico e Plano Alternativo de Oferta Obrigatória (Pasoo) determinados pela Anatel. A empresa também não diz quantos usuários foram transferidos automaticamente para o Plano Básico, procedimento adotado caso o cliente não solicitasse a adesão a outros planos: a OI diz apenas que esse processo aconteceu “na maioria” dos casos.

Em relação às 145 cidades onde o novo sistema não pôde funcionar plenamente, a regulamentação garante que, desde março, esses clientes não podem ser cobrados pelo uso além da tarifa mensal de assinatura - ou seja, o usuário não paga pelas ligações locais efetuadas entre telefones fixos. A OI informa que está fazendo testes nessas localidades; em algumas já foi identificada a viabilidade e serão migradas gradativamente até março de 2008.

Gastos

Segundo informações da Anatel, 38,61% os usuários do RN deverão reduzir o valor da conta e 3,25% vão ter que pagar valores mais altos pela mesma quantidade de chamadas. Pouco mais da metade dos potiguares que têm linha telefônica (58,14%) vão manter os mesmos gastos com ligações quando o sistema mudar de pulsos para minutos.

No caso dos usuários residenciais, o percentual dos que deverão ter redução na conta telefônica é menor do que a média geral e fica em 26,54%, contra 63,57% dos que terão o mesmo benefício na área comercial. Segundo a Anatel, a redução deverá vir para quem usa, em média, menos de três minutos por chamada.