quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Jereissati diz que Almeida Lima é um “palhaço”

Em uma sessão conturbada ao extremo, o Conselho de Ética do Senado foi palco para uma discussão acalorada entre os senadores. Almeida Lima (PMDB-SE), um dos relatores do caso Renan, e Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB, bateram boca durante a sessão, que promete ser extensa e confusa. Aos gritos, e com o dedo em riste, o tucano disse que Almeida Lima é um “palhaço” e um "vendido". O peemedebista atacou os tucanos.

Aliados de Renan ainda tentam adiar a votação. A tensão na sessão de hoje era previsível, conforme antecipou o Congresso em Foco.

O embate entre os dois começou enquanto o conselho discutia como deveria ser o processo que analisa a primeira representação contra Renan. Tendo em vista que nem mesmo os próprios senadores sabem como será o rito de votação, Almeida Lima pediu para ler o seu relatório, que provavelmente será pela absolvição de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Nessa hora, Jereissati bateu na mesa, em um sinal de impaciência. Foi a gota d’água para o sergipano se levantar da cadeira em que estava e começar a dizer que não iriam vencê-lo pela força. “Se o senhor sabe bater na mesa, eu sei me levantar e falar à altura de Vossa Excelência”, esbravejou o relator. "A força do direito sim, o direito da força não", complementou.

“Eu sou relator. Não aceito ser tratado como sub-relator”, dizia o peemedebista em um tom de voz estridente. "Não vão castrar a minha palavra", disse o sergipano. Nessa hora, o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (PSDB-AL), brincou: "Ninguém aqui quer castrar a sua palavra nem qualquer outra coisa".

Almeida Lima, que defende que a votação do relatório seja secreta, esbravejou: "Que belos democratas são os senhores, que não querem que um relatório de três laudas seja lido". A sesão foi suspensa pelo presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO).

Por sua vez, Renato Casagrande (PSB-ES), outro relator do processo, afirmou que a votação deve ser aberta e que o processo terá apenas um relatório. “Não existe processo com dois pareceres”, declarou Casagrande.

Fonte: Congressoemfoco.com.br

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