quarta-feira, 29 de agosto de 2007

PF prende quadrilha que explorava jogos de azar no RN

A Polícia Federal, em investigação acompanhada pelo Ministério Público Federal e com a cooperação da Receita Federal, desencadeou na manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Zebra. O objetivo da ação é desarticular uma quadrilha formada por empresários, advogados, policiais civis e militares, que atuam na exploração de jogo do bicho eletrônico nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e São Paulo. Cerca de 200 policiais federais cumprem mandados de prisão temporária, de busca e apreensão, de bloqueio de contas correntes e seqüestro de bens na Grande Recife, na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro.

As investigações tiveram início há quatro meses, quando a Polícia Federal apreendeu um lap top que pertencia ao chefe da quadrilha. Esta apreensão ocorreu em um jato particular que chegava no Recife vindo de São Paulo.

Além do computador os policiais apreenderam R$ 753.200,00.

Após exames periciais e análises no notebook foram encontrados documentos eletrônicos que apontavam para a existência de uma organização criminosa envolvida na prática de crimes de contrabando, de sonegação fiscal, de corrupção de agentes públicos e de lavagem de dinheiro, entre outros.

O grupo, comandado por empresários de Pernambuco, possui uma fábrica de máquinas caça-níqueis em São Paulo, que loca os equipamentos produzidos para casas de bingos daquele estado e estabelecimentos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.

A organização é assessorada por três advogados (dois em Recife e um no Rio de Janeiro), que atuam com foco na proteção patrimonial do esquema, utilizando-se de expedientes ilegais para burlar a Receita Federal e lavar dinheiro obtido. Eles também realizam fraudes processuais junto à Justiça do Trabalho. A segurança das centenas de lojas do grupo é realizada por policiais civis e militares, que também coordenam a arrecadação dos valores e a proteção do cofre-forte da organização.

Estima-se que o grupo movimente R$ 100 milhões por ano, dos quais apenas 6% são legalmente declarados. Os prejuízos aos cofres públicos são avaliados em R$180 milhões, contabilizadas inclusive as contribuições para a Previdência.

Fonte: DN Online

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