quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Chinaglia pede investigação sobre agressão no Senado

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), vai pedir uma investigação para apurar os culpados pela pancadaria entre deputados e seguranças do Senado. “Tem que apurar as responsabilidades. Agressão física é inadmissível”, disse Chinaglia.

As declarações foram dadas depois de uma rápida conversa, no cafezinho da Câmara, com deputados que conseguiram liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) para assistirem à sessão secreta que definirá o futuro do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). A confusão começou quando esses parlamentares tentaram entrar no plenário do Senado.

Chinaglia lamentou o ocorrido e afirmou que conversará com o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), para deixar claro o seu protesto. “Aqui na Câmara sempre vamos receber bem os senadores”, disse o presidente da Casa. Ele ressaltou que atacar parlamentares significa agredir a população que os elegeu. “Se fosse na Câmara, eu abriria uma comissão para investigar.”

O petista lembrou que a pancadaria não pode desviar a atenção do principal assunto, o julgamento de Renan. Ele não quis dar sua opinião sobre a eventual cassação ou absolvição do acusado.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) comemorou a postura de Chinaglia. “Foi uma posição firme, como esperávamos do presidente da Câmara. Nem no auge da ditadura tínhamos visto isso”, lembrou o deputado.

Luciana Genro (Psol-RS), que saiu com um corte no pé, disse que a agressão ilustra bem a “regra medieval” do voto secreto. “É um símbolo da truculência como o povo vem sendo tratado em razão da sessão secreta”, reclamou.

Jungmann lembrou que, antes da confusão, tinham a autorização do senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente da Casa e presidente da sessão secreta que decidirá o futuro de Renan. Entretanto, os seguranças não quiseram ouvir os argumentos dos deputados, ainda segundo Jungmann.

Fonte: Congressoemfoco

Nenhum comentário: