domingo, 16 de setembro de 2007

Despesas do governo central sobem 42,89% desde 2003

Dados da Secretaria do Tesouro Nacional apontam que as despesas primárias do governo central, que envolvem INSS, Banco Central e Tesouro, atingiram R$ 313,8 bilhões em termos reais no final de 2003 e saltaram para R$ 412,7 bilhões em 2006 e devem atingir um valor próximo a R$ 448,4 bilhões neste ano, de acordo com estimativa do analista da Tendências Consultoria Denis Blum. De 2003 até 2007, tais despesas podem subir 42,89%, descontada a inflação, ou R$ 134,6 bilhões, montante equivalente a 3,73 vezes a arrecadação anual da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras.

Boa parte do avanço dos gastos do governo federal, que exclui as estatais, está relacionado à forte elevação das contratações do funcionalismo público e ao aumento de salários dos servidores. Blum destaca que entre dezembro de 2003 e o mesmo mês do ano passado, o contingente de funcionários do Poder Executivo na ativa aumentou de 922 mil para 1,116 milhão, um incremento de 194 mil postos, o equivalente a uma alta de 21%. “A elevação das contratações no setor público junto com aumentos de salários impõem dificuldades estruturais para que o governo reduza suas despesas”, ressaltou.

Para o analista da Tendências Consultoria, seria oportuno que o governo implementasse um programa de racionalização das despesas públicas, que poderia ser adotado por algumas alternativas, como uma reforma administrativa, na qual seria incluída a adoção, entre outros programas, de avaliação da produtividade dos servidores públicos por meio de critérios transparentes que poderiam envolver metas de desempenho.

Fonte: Agência Estado


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