sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Ferrão não vai defender Renan nas próximas denúncias

O advogado Eduardo Ferrão, que defendeu Renan Calheiros (PMDB-AL) na primeira representação por quebra de decoro, não fará a defesa do senador nos três processos que o peemedebista ainda terá de enfrentar. O presidente da Casa diz que o advogado só estava contratado para a primeira representação e que ainda não contratou o substituto de Ferrão. Renan afirma que não houve nenhum tipo de briga com advogado e que a relação entre eles é muito boa.

Ele também apontou o fato de o advogado estar há dois anos administrando o processo de reconhecimento de paternidade da filha de Mônica Veloso, como um motivo para descanso. “O Ferrão já está há dois anos nisso”, comentou, reticente, ao Congresso em Foco, no início da tarde de hoje (21).

Ferrão foi responsável pela defesa do senador no processo no qual ele é acusado de usar dinheiro da empresa Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso. Durante o processo, a defesa do senador entregou diversos documentos ao Conselho de Ética, na tentativa de comprovar que o parlamentar tinha condições de arcar, sozinho, com suas despesas pessoais.

Entretanto, isso deu muita dor de cabeça ao peemedebista. O Conselho mandou periciar os papéis, trabalho que identificou inconsistências na documentação. Na sessão em que Renan foi absolvido, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse a ele que sua defesa foi "burra" e “pouco inteligente” ao produzir provas contra o presidente do Senado.

Três processos

Apesar da absolvição na quarta-feira da semana passada, o peemedebista terá que passar por mais três representações no Conselho. A segunda o acusa de beneficiar a Schincariol, após a cervejaria ter comprado uma fábrica de seu irmão Olavo Calheiros (PMDB-AL). A terceira investiga se Renan usou laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas com recursos não declarados à Receita Federal. E a última apura a acusação de que o parlamentar participou de um esquema de desvio de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB.

Na semana que vem, o Conselho de Ética decide se vai unificar as três representações em um único processo contra Renan. Há a possibilidade, defendida pelo PT, de as denúncias serem analisadas em separado, mas sejam julgadas numa única sessão.

Fonte: Congressoemfoco.com.br

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