sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Base do governo estuda cortar recesso para aprovar CPMF

A base do governo estuda a possibilidade de cortar parte do recesso parlamentar, que tem início no meio de dezembro e vai até o começo de fevereiro, para aprovar ainda neste ano a matéria que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.
Como o governo não quer correr o risco de ficar um tempo sem os recursos da contribuição, o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), disse que há a chance de a base pedir a extensão dos trabalhos neste semestre.

A matéria está agora na CCJ, onde pode ficar por até um mês. A relatora da matéria, senadora Kátia Abreu (Democratas-TO), já disse que pretende usar todo o tempo disponível para relatar a matéria. Por isso, o prazo é curto.

- Poderíamos convocar os trabalhos entre o Natal e o Ano Novo para aprovarmos a CPMF ainda este ano - disse Raupp.

PMDB pode fechar questão

Raupp disse, ainda, que o partido pode fechar questão à favor da matéria que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Na prática isso significa que os senadores peemedebistas que não votarem pela prorrogação poderão sofrer retaliações.

Dos 20 parlamentares do PMDB na Casa, Raupp acredita que dois ou três votariam contra a matéria. Um deles é Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que, ao lado de Pedro Simon (PMDB-RS), foi expulso da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois de pressões, reconduzido ao posto.

Raupp descartou a chance de expulsar novamente os dois senadores da CCJ, porém falou sobre o fechamento de questão.

- Retirar o Jarbas seria sofrer duas vezes. Mas o fechamento de questão é possível. O Democratas faz isso, porque não podemos fazer? A gente tem que conversar com a bancada - afirmou Raupp.

A possibilidade de fechar questão é uma alternativa para conseguir os 49 votos necessários para aprovar a proposta de emenda à constituição (PEC) na CPMF no Plenário da Casa. Raupp argumenta que se a base estiver unida será fácil de aprovar a matéria.

O senador Pedro Simon disse que Raupp está em seu direito.

- É um direito dele, deve propor a tese e discutir na bancada - afirmou.

Fonte: JB Online

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