sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Álvaro pede investigação sobre suspeitas de guardião

O deputado Álvaro Dias (PDT) cobrou ontem que a Assembléia Legislativa instaure uma investigação para esclarecer se Central de Comutação de Inteligência — popularmente conhecida como “guardião” — está sendo usado ilegalmente. É por meio dessa central que a polícia do Rio Grande do Norte pode proceder interceptações telefônicas contra criminosos que estão sendo investigados pela Justiça.

Álvaro Dias retomou o assunto ontem relatando denúncia feita por um funcionário da Secretaria de Segurança Pública que lhe informou sobre o uso irregular do aparelho. Além disso, o próprio deputado afirmou ter suspeitas de que o seu telefone celular particular está “grampeado”. Álvaro Dias cobrou ao líder do governo, deputado Gustavo Carvalho (PSB), que a “CPI do guardião” (proposta em março passado) tivesse a assinatura de algum membro da bancada governista para ser instaurada.

Álvaro Dias contou ontem que a motivação para cobrar a instauração de uma CPI foi uma denúncia feita por funcionário público que lhe informou sobre o uso irregular do “guardião”. “Não estou afirmando mas pela denúncia a questão parece ser séria”, disse. O deputado do PDT enfatizou que diante da denúncia e das suspeitas que sempre pairaram sobre essa questão das interceptações telefônicas seria mais importante que nunca instaurar a CPI e investigar o caso.

Álvaro Dias argumentou que se não há dúvidas do uso correto do guardião, o líder do governo na Casa deveria ajudar no processo de instauração da CPI. “As denúncias precisam ser investigadas até para demonstrar que o ‘guardião’ está sendo usado de forma legal”. O presidente do PDT estadual disse ainda que consultou um agente federal sobre a possibilidade de grampo e confirmou todos os indícios que geralmente indicam grampo. “Tenho fortes indícios para achar que meu celular está grampeado”.

Gustavo de Carvalho recebeu tranqüilamente as denúncias e concordou que elas eram graves e perigosas. Mas ponderou que também enquanto tais fatos forem apresentados sem a consistência adequada ficará difícil para o governo poder somar à vontade de investigação. “É preciso ter consistência até para ter o direito de concordar que esses absurdos estão ocorrendo”. E acrescentou: “Se a denúncia se apresentar de maneira mais concreta o governo do Estado será o primeiro a investigar”.

Fonte: Tribuna do Norte

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