Depois de quase dez dias afastado do Senado, o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), se prepara para retornar às suas atividades como parlamentar nesta semana. Renan disse a interlocutores que, após o período de reclusão, o clima no Senado já permite que reassuma sua função sem riscos de prejudicar sua defesa nos cinco processos a que responde no Conselho de Ética.
A expectativa é que Renan retome suas funções nesta terça-feira, quando o Senado volta a realizar sessões deliberativas (com votações). A Folha Online apurou que Renan passou esta segunda-feira elaborando sua defesa no terceiro processo --em que é acusado de ter firmado sociedade oculta com o usineiro João Lyra para comprar, por meio de laranjas, um grupo de comunicação em Alagoas.
O relator do processo no conselho, senador Jefferson Peres (PDT-AM), pediu que Renan encaminhe sua defesa "o mais rápido possível" para avançar nas investigações. O terceiro processo é considerado, pela oposição, o mais grave contra Renan. Em conversas com aliados, o senador mantém a postura de que acredita na sua absolvição porque considera que não há provas concretas da denúncia.
Senadores ligados a Renan argumentam que o usineiro não apresentou, até agora, elementos que comprometam o peemedebista nas investigações. O grupo pró-Renan avalia que Renan tem grandes chances de escapar da cassação caso consiga ser absolvido no terceiro processo que tramita no conselho.
O quarto processo contra Renan --no qual é acusado de integrar um esquema de desvio de dinheiro em ministérios controlados pelo PMDB-- tem como relator um dos principais aliados do presidente licenciado. O senador Almeida Lima (PMDB-SE) já sinalizou que deve recomendar o arquivamento da denúncia, embora oficialmente afirme que não definiu sua posição em meio às investigações.
Fonte: Folha Online
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