Estudo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) revela que o brasileiro trabalha sete dias por ano somente para pagar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Ou seja, o valor pago de contribuição durante todo o ano é equivalente a sete dias de trabalho, em média. Em 1997, eram três dias de trabalho por ano, segundo o IBPT.
De acordo com o instituo, o valor total pago em CPMF por ano não leva em conta apenas a movimentação financeira, mas também a contribuição que está embutida no preço de produtos e serviços. Ou seja, o consumidor paga CPMF indiretamente em tudo o que consome.
O presidente do IBPT, o advogado tributarista Gilberto Luiz do Amaral, explicou que a CPMF é um custo para o setor privado formal que é repassado para o preço final do produto. "Todo custo tributário está imbutido no preço final do produto, inclusive a CPMF", afirmou o advogado.
Segundo o levantamento do IBPT, o impacto médio da CPMF sobre um produto ou serviço é de 1,7%. Já sobre a movimentação financeira é de 0,2%.
Segundo Amaral, quanto maior a cadeia produtiva, maior a incidência da CPMF na mercadoria ou serviço. De acordo com o estudo, os carros são os produtos que mais incidem CPMF. Por exemplo, no preço total de um veículo popular, 2,36% são CPMF. No leite, a incidência de CPMF é de 0,69%.
Fonte: Folha Online
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