terça-feira, 27 de novembro de 2007

LDM pedirá interdição do Nogueirão e times podem ficar sem estádio no Estadual de 2008

A maior tragédia até hoje computada em estádios no Brasil, ocorrida no domingo passado, quando vitimou fatalmente sete pessoas após o desabamento de uma parte da arquibancada do Estádio da Fonte Nova, em Salvador, durante o jogo entre Bahia e Vila Nova-GO, pela Série C do Campeonato Brasileiro, deverá ter reflexos no futebol de Mossoró.

Preocupado com a integridade física dos torcedores que freqüentam a maior praça esportiva da cidade, o presidente da Liga Desportiva Mossoroense (LDM), Pedro Teodoro Negócio, vai pedir a interdição do Estádio Professor Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, caso não seja garantido o andamento da reforma do local, iniciada em 2004. Caso a intervenção venha a acontecer, Potiguar e Baraúnas devem ficar sem estádio para mandar suas partidas ao longo do Campeonato Norte-rio-grandense de Futebol 2008.

"Logo após acabar a Copa RN vou entrar com um pedido junto ao Corpo de Bombeiros para pedir o fechamento das portas do Nogueirão. É preciso que a reforma seja concluída para evitar que qualquer incidente aconteça no estádio. Todos vêem que o local está funcionando de forma precária", alertou Pedro.

O presidente da LDM afirmou também que vai se reunir com os dirigentes dos dois clubes mossoroenses para conversar sobre o assunto e diz que nenhum dos dois pode se opor ao fechamento do local, em respeito ao torcedor. "Eles [Potiguar e Baraúnas] não podem ser contra, porque mais cedo ou mais tarde vai acontecer alguma tragédia se a reforma do Nogueirão não for concluída. Se continuar assim, os dois times e eu ficaríamos responsáveis e teríamos que responder criminalmente, assim como o Bahia vai responder com o fato lamentável que aconteceu na Fonte Nova", completa o presidente da Liga.

Segundo Pedro Teodoro, a solução para que Mossoró não fique sem estádio no próximo ano seria o andamento da reforma através do convênio com a Prefeitura ou com alguma empresa do setor privado da cidade, e sendo assim, o Nogueirão funcionaria com sua capacidade parcial, da mesma forma que vinha ocorrendo em 2004, 2005 e 2006, quando mais de 50% das arquibancadas foram demolidas e construídas novamente.

Fonte: Gazeta do Oeste

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