terça-feira, 20 de novembro de 2007

Renan diz que vai aguardar data de julgamento para definir sobre renúncia

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que só vai definir sobre a prorrogação de sua licença ou a renúncia definitiva do cargo depois que a data da votação do seu processo de cassação em plenário for marcada pelo presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC). Renan evitou adiantar sua decisão, apesar de o prazo de 45 dias de licença --que lhe permitiu ficar afastado do comando do Senado-- terminar na próxima segunda-feira.

"Eu não quero nada que me ajude, quero provar minha inocência. Quero um encaminhamento justo, humano. Eu vou aguardar que digam o calendário porque, só depois disso, vou dizer o que vou fazer", desconversou.

O senador disse não compreender a postura da oposição em adiar a votação do seu processo de cassação no plenário da Casa. Segundo Renan, o DEM e o PSDB foram os primeiros a defender que o processo entrasse na pauta do Senado no início de novembro --motivo que o levou a se afastar por somente 45 dias do comando da Casa.

"Esse processo de marcar data e desmarcar é sobretudo desumano. Tentar compreender esse processo é uma coisa meio louca. Tirei licença com pelo menos 20 dias de folga para retornar à presidência [depois da votação do processo em plenário]", afirmou.

Em conversas com interlocutores, Renan disse que juntar a discussão do seu processo com a votação da proposta de prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) não é algo que lhe agrade.

Renan nega a existência de um suposto "acordão" entre PT e PMDB para absolvê-lo no plenário ao afirmar que deseja somente provar sua inocência --sem manobras em seu favor. "Não tem absolutamente nada a ver. Eu quero provar a minha inocência, as minhas forças são todas direcionadas neste sentido", disse.

Fonte: Folha Online

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