quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Salários no Brasil aumentarão menos em 2008, diz estudo

Os salários no Brasil deverão ter um aumento real menor em 2008 em comparação com os dois anos anteriores, afirma uma pesquisa divulgada por uma empresa de consultoria internacional. O estudo "Worldwide Pay Survey 2008", da consultoria Mercer, afirma que em 2008 os salários brasileiros deverão subir em média 5%, o mesmo percentual que a empresa havia previsto para 2007.

No entanto, a inflação no mesmo período deve ser de 4%, 0,6% a mais do que em 2007. Assim, o aumento real do poder de compra do salário deve ser de 1% em 2008, contra 1,6% em 2007. Esse percentual é quase metade do registrado no âmbito mundial. Segundo a pesquisa da consultoria Mercer, que é feita em 62 países, os salários devem ter aumento real médio de 1,9% em todo o mundo --ou 6%, sem se considerar a inflação.

Alocação de mão-de-obra

Em comparação com a América Latina, os salários brasileiros só tiveram um desempenho melhor que o dos venezuelanos, que não devem ter nenhum aumento em 2008 (0,0%). A Argentina, com ganhos de 4,6%, e o Chile, com 3,2%, devem registrar os maiores aumentos de salário na região. A Colômbia vem em terceiro (2,1%). O país que deve registrar o maior aumento de salários no mundo é a Índia, com ganhos de quase 10% acima da inflação. Em seguida vem o Vietnã, com 5,6%. Os Estados Unidos devem registrar aumento de 1,9% e a China, 4,3%.

"Estamos começando a ver que a poupança de custo de curto prazo que se tem relocando mão-de-obra para mercados emergentes pode evaporar com o tempo", afirma Steve Gross, um dos diretores da Mercer. "É importante que as empresas considerem tanto os níveis atuais de salário como os aumentos salariais futuros quando decidiram sobre alocação da mão-de-obra."

Para projetar os aumentos de salário, a Mercer se baseia em dados de outra pesquisa sua, feita junto ao setor empresarial de diversos países. A projeção de inflação é baseada em dados de órgãos como FMI (Fundo Monetário Internacional) e OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Fonte: Folha Online

Nenhum comentário: