sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Senado escolhe novo presidente na quarta-feira se Renan renunciar ou for cassado

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), vai convocar já na semana que vem novas eleições para a presidência da Casa Legislativa caso o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) renuncie ao cargo antes de seu julgamento no plenário --marcado para terça-feira (4). A idéia de Viana é realizar a sessão para a escolha do novo presidente na quarta-feira (5).

"Se houver condenação ou renúncia, já na quarta-feira vai ser realizada a sessão para a escolha do novo presidente", afirmou.

A expectativa é que Renan renuncie à presidência do Senado pouco antes de ser julgado no plenário. O gesto seria uma estratégia para convencer seus colegas a votarem contra a sua cassação no processo em que é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

Renan também não descarta renunciar ao mandato somente depois do julgamento, pois está certo da sua absolvição. Senadores governistas e da oposição dão como certa a vitória do peemedebista no plenário. Mesmo que seja absolvido, Renan já deu sinais que não retornará à presidência da Casa porque não há clima político para reassumir a condução dos trabalhos.

O peemedebista avalia a possibilidade de ficar alguns dias no cargo --se for absolvido-- porque o governo federal teme que sua renúncia influencie na votação da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que pode ocorrer na próxima quinta-feira.

Segurança

Viana disse acreditar que a sessão de julgamento de Renan vai ser "tranqüila", sem a necessidade de reforço na segurança da Casa --ao contrário do que ocorreu no primeiro julgamento do peemedebista no plenário, em setembro.

Na ocasião, houve discussão e agressões físicas envolvendo seguranças do Senado e deputados --que tentaram entrar à força no plenário porque a sessão foi secreta.

Desta vez, o julgamento de Renan será realizado em sessão aberta após os parlamentares mudaram o artigo do regimento interno da Casa que fixava a determinação. Apenas a votação dos senadores será secreta, o que para os aliados do peemedebista é o grande trunfo para evitar a sua cassação.

"Felizmente, a sessão será aberta. Foram tomadas medidas normais de segurança, sem nada de especial", afirmou Viana.

Fonte: Folha Online

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