O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse nesta quinta-feira que está "confiante" que será possível aprovar a proposta final do Orçamento de 2008 na próxima quarta-feira em sessão mista (da Câmara e do Senado). Para ele, essa disposição do Congresso evitará a concretização da ameaça do ministro Paulo Bernardo (Planejamento) de enviar uma "enxurrada de MPs [medidas provisórias]" para compensar o atraso no Orçamento.
"Temer, eu temo [a enxurrada de medidas provisórias]. Eu sinto arrepios com essas medidas provisórias hoje", reagiu Garibaldi, que em parceria com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defende a mudança na tramitação de MPs para que elas deixem de trancar a pauta de votação nas duas Casas.
Segundo Garibaldi, o acordo fechado entre os integrantes da oposição e do governo possibilitará o fim do impasse em torno do Orçamento.
O peemedebista disse que a proposta de descartar o anexo no valor de R$ 534 milhões --que foi incluído como "contrabando" na proposta-- e substituí-lo por um outro instrumento permitirá o consenso entre os parlamentares.
Garibaldi negou que o acordo leve a um "rateio" entre as bancadas estaduais. "Eu creio que não passaremos de quarta-feira, sem Orçamento. Não é um rateio. É uma divisão de emendas das bancadas", afirmou o senador.
A líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA), destacou que há urgência em votar o Orçamento, do contrário o legislativo terá de arcar com as conseqüências. "O Congresso vai pagar um preço alto, se não aprovar o Orçamento", disse ela.
Fonte: Folha Online
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