segunda-feira, 3 de março de 2008

Violência em sala de aula é um desafio para professores

Casos de violência se tornam cada vez mais presentes no cotidiano de cada um de nós e chega, inclusive, nas escolas. E os professores devem estar preparados para enfrentar situações, no mínimo, inesperadas. No ano passado, por exemplo, o aluno de um colégio municipal da cidade, de apenas 13 anos de idade, foi para a aula portando uma arma, segundo informou a supervisora do turno vespertino da instituição, Lúcia Helena.

A direção do colégio tomou conhecimento do fato e entrou em contato com a mãe e com a delegacia de polícia. A arma foi entregue ao delegado e o caso registrado no livro de ocorrências da escola. O adolescente deixou a instituição por iniciativa da própria mãe, que achou melhor tirá-lo antes que os outros alunos não ficassem sabendo e o adolescente não se tornasse conhecido pelo caso.

Embora esse tenha sido o único caso que envolveu armas de fogo, a supervisora do turno vespertino conta que no ano passado houve casos de violência verbal, cometidos pelos alunos (cerca de 8 ou 10). Ela explica que a equipe escolar passou o ano conversando com os pais e registrando os fatos. Então, o conselho da escola se reuniu para mostrar aos responsáveis pelos alunos o desempenho destes durante o ano letivo. Alguns dos jovens saíram da escola, outros, devido à idade passaram para o turno da noite para o EJA (Educação de Jovens e Adultos), uma vez que a portaria de matrículas do colégio só permite estudantes no turno diurno com idade de até 17 anos. Lúcia Helena comenta que, se tratavam de jovens que, desde o início tinham o comportamento mais agitado. Mas como é a família desses garotos? "A estrutura familiar deles é a realidade nacional", diz a supervisora. Explicando que, em muitos casos, se tratam de filhos de pais separados e vítimas de desajustes familiares.

Diante das dificuldades profissionais surge a dúvida em relação à preparação ofertada pelas universidades. Será que questões como essa são tratadas na academia? A pedagoga explica que a universidade lida muito com a teoria, mas na realidade é diferente, pois cada ser humano tem suas características próprias.

Fonte: Gazeta do Oeste

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