quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Preço da habilitação pode chegar a R$ 770,00

Tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ficar mais complicado nos próximos meses, pelo menos no que se refere ao peso que ela representa no bolso do futuro condutor. O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estuda aumentar a carga horária das aulas de direção por causa do alto número de reprovações no exame prático para novos motoristas. Com isso, o preço para tirar a CNH pode ficar cerca de 20% mais caro.

Maycon Christyan, gerente de uma auto-escola, informou que, hoje, em Mossoró, o preço médio para tirar a CNH para conduzir moto e carro gira em torno de R$ 650,00. Com a mudança na regra o valor chegaria, no mínimo, a R$ 770,00. “O reajuste no preço será necessário para cobrir os custos que aumentarão com a mudança”, justificou Maycon.No entanto, ele reconheceu que o aumento no preço vai dificultar ainda mais o acesso à CNH para muitas pessoas. “Uma das saídas é fazer o parcelamento do valor em até 10 vezes”, sugeriu.

A revisão da resolução 168/2004, que estabelece 30 horas-aula para o exame teórico e 15 horas-aula para o prático, está sendo analisada pelo Contran. O pedido de revisão foi feito pelo próprio órgão, preocupado, também, com o alto índice de acidentes com motociclistas. Na avaliação da Câmara Temática de Formação e Habilitação de Condutores do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), a carga horária é insuficiente e terá que mudar. O curso teórico aumentaria para 45 horas-aula e o prático, para 20 horas-aula.

Maycon se mostrou a favorável a mudança. “Com o tempo limitado, alguns condutores saem da auto-escola mal preparados para o exame prático”, observou.De acordo com Maycon, as auto-escolas precisam atingir a média de 90% de aprovação para não sofrer sanção do DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito).

Porém, nem todas as auto-escolas conseguem e já houve até um caso, em Mossoró, em que a auto-escola foi fechada por não atingir sequer 50% de aprovação. O Contran não estabeleceu prazo para decidir se altera ou não a resolução.

Fonte: De Fato

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