segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Estado nordestino tem apenas um bafômetro

Quem é flagrado dirigindo alcoolizado tem grandes chances de não precisar fazer o teste do bafômetro em Sergipe. O estado só tem um aparelho que, ainda por cima, está com problemas.

Apesar desse problema, desde que a lei seca entrou em vigor, em junho, os sergipanos estão mudando os hábitos.

Na mesa do bar, além da bebida, há água de coco. “Hoje estou sossegado, simples, na água de coco, sem problema algum. Meus amigos estão na cerveja. Amanhã, tomo minha cervejinha e eles tomam conta de mim”, disse o estudante Luís Cícero Martins.

Se o programa é tomar um drinque, o "amigo motorista" não pode faltar. “Nós saímos sempre, principalmente no final de semana, e escolhemos uma pessoa que não vai beber”, disse a analista de sistemas Cristina Maria Almeida.

Dirigir depois de beber é infração é gravíssima, que pode render sete pontos na carteira e multa de R$ 955. O motorista ainda pode ser preso. Mas, no estado sergipano, o rigor da lei esbarra numa dificuldade: a quantidade de bafômetros. A polícia de trânsito do estado tem apenas um para fiscalizar os motoristas de mais de 300 mil veículos – e, ainda sim, com problemas no funcionamento.

“Não adianta ter o bafômetro indicando uma quantidade de álcool e a impressora simplesmente não dá prova técnica e material para que se configure o crime”, afirmou o comandante da polícia de trânsito do Sergipe, Samuel Barreto.

Foi o que aconteceu com um motorista flagrado com teor de bebida três vezes maior que o permitido. Sem a prova impressa, o motorista não foi levado à delegacia. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Sergipe, a compra dos bafômetros ainda vai levar alguns meses.

Fonte: G1

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