O laudo da Polícia Federal sobre os equipamentos comprados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em conjunto com o Exército para a realização de varreduras ambientais mostra que as maletas não têm capacidade para fazer escutas telefônicas. O laudo foi encaminhado nesta quinta-feira pela Polícia Federal ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que repassou o seu conteúdo à CPI dos Grampos Telefônicos da Câmara e à Comissão de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso.
A companhia norte-americana de produtos de inteligência REI (Research Eletronics International) já havia antecipado à Folha Online que seu aparelho não faz escutas.
Segundo o laudo da PF, que tem 38 páginas, o INC (Instituto Nacional de Criminalística) constatou que as maletas não podem fazer grampos, mas sim varreduras ambientais com capacidade para encontrar sinais de linhas telefônicas, mas sem decodificar a ligação --o que caracterizaria o grampo.
O laudo aponta que a Abin não tem equipamentos para realizar grampos em telefones celulares. Por isso, a conversa entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, não poderia ter sido gravada pelo equipamento da Abin uma vez que Mendes usou seu celular na conversa com o parlamentar.
Fonte: Folha Online
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