quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Brasil é o sexto pior país em ranking de competitividade da Fiesp

O IC-Fiesp (Índice de Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgado nesta quarta-feira coloca o Brasil na 38º colocação entre 43 países que detêm 90% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.

Os dados apresentados são referentes a 2006, mas a Fiesp atenta que desde 1997 o Brasil se mantém estável neste patamar. Em pior situação, segundo o levantamento, estão apenas Índia, Colômbia, Filipinas, Turquia e Indonésia.

"A maioria dos países que avançaram no índice de competitividade registraram maiores taxas de crescimento", afirmou o diretor do Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho.

De acordo com o estudo, que analisou 40 mil informações em 83 variáveis quantitativas, a nota do Brasil no ranking passou de 17,6 pontos em 2005 para 20,2 pontos no ano seguinte. Segundo Coelho, essa elevação não foi suficiente para tirar o país do bloco daqueles que possuem competitividade baixa.

Em 1997, o Brasil registrou 19,7 pontos e também ficou com a 38º posição. Somente em 2006 é que essa nota foi superada, sendo que, no período, o país chegou a cair duas posições. A Fiesp divide os países em grupos com competitividade elevada, satisfatória, média e baixa.

"O ranking de competitividade é o que as empresas avaliam na hora de fazer um investimento", afirmou o diretor da Decomtec.

No topo do ranking aparece os Estados Unidos, com nota 91, seguido por Noruega (76,9), Japão (75,3) e Suécia (74,9). "Apesar dessa crise, os Estados unidos ainda é o país mais competitivo", disse Coelho, que atribuiu ao melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), tecnologia, facilidades em financiamento e abertura de empresa, entre outros, para essa nota americana.

Entre os países da América Latina, o Chile é o melhor colocado com 38,2 pontos no 31º lugar. A Argentina aparece em seguida, com nota de 36,4; a Venezuela ficou na 36ª posição, com 27,9 pontos; e o México atingiu 27,2 pontos, ficando em 37º lugar.

O Brasil ficou a frente apenas da Colômbia, que atingiu a 40ª posição no IC-Fiesp, com nota 16,7.
"Hoje, o grande problema do Brasil é que nós não temos um grande projeto de desenvolvimento", afirmou Coelho.

Para a Fiesp, o Brasil só irá melhorar significativamente no índice com reformas fiscal, previdenciária, política, tributária e judiciária, sendo as duas últimas prioritárias.

Fonte: Folha Online

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