quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Centro de Oncologia pode suspender procedimentos a partir de amanhã

O Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) pode de novo suspender a realização de cirurgias oncológicas de alta complexidade, a partir de amanhã, caso não haja garantia concreta de custeio total do serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O COHM vinha complementando o pagamento das cirurgias há três anos e alega incapacidade financeira para continuidade do serviço. “Se não houver uma proposta até amanhã, seremos obrigados a parar e só retomaremos com uma previsão concreta”, afirma o diretor-clínico do centro, Francisco Cure Medeiros.

O Centro havia suspendido as cirurgias em meados do mês passado, após resultado de auditoria Ministério da Saúde (MS) e do Instituto Nacional do Câncer (INCA) na unidade.

As inspeções apontaram supostas falhas no Centro, suficientes para impedir o credenciamento da unidade no Ministério da Saúde para receber as verbas de custeio das cirurgias de alta complexidade.

O centro, entretanto, retomou as cirurgias diante de compromisso da Secretaria Estadual de Saúde, anunciado no último dia 1º, de que complementaria o valor das cirurgias até o credenciamento e que agilizaria essa autorização. Porém, nenhuma providência foi tomada nesse sentido, segundo Cure Medeiros.

“Faz 15 dias que esperamos e até agora nada. O custo com as cirurgias oncológicas nos deixa com déficit mensal de R$ 90 mil. Não dá para continuar dessa forma. Seremos obrigados a parar, até porque comprometeremos outros serviços, como o de quimioterapia”, lamenta o médico.

Caso sejam novamente suspensas as cirurgias, os pacientes com procedimentos marcados terão de procurar vagas nos hospitais de Natal ou Fortaleza/CE. Cerca de 70 cirurgias deixarão de ser feitas por mês, em Mossoró.

Ontem de manhã, Cure Medeiros comunicou o fato ao secretário municipal da Cidadania, Francisco Carlos Carvalho de Melo, que se comprometeu em buscar solução até amanhã. Cure defende mobilização política em Brasília para agilizar o credenciamento do centro.

Fonte: De Fato

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