sexta-feira, 27 de julho de 2007

Alheio ao protesto, Lula lança PAC para estado

Alheio ao protesto que ocorria no hall de entrada do Centro de Convenções de Natal e sob fortes aplausos das caravanas organizadas pelas prefeituras de Parnamirim e de Mossoró, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta sexta o PAC para o Rio Grande do Norte para obras de saneamento básico e urbanização de favelas. A governadora Wilma de Faria (PSB) e os prefeitos que assinaram convênios com o governo federal, de Parnamirim, Agnelo Alves (sem partido), de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSB) e de Mossoró, Fafá Rosado, enalteceram ações de seus mandatos e agradeceram a parceria. O presidente Lula esteve em Natal acompanhado da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e do ministro das Cidades, Márcio Fortes.

Antes de iniciar seu discurso, o presidente Lula pediu um minuto de silêncio em homenagem à família potiguar que morreu no acidente da TAM, em São Paulo, e ao deputado federal Nélio Dias, falecido na semana passada. O presidente Lula disse que o governo, com o PAC, não repetirá o ``equívoco'' de gestões passadas de fazer festas ``pomposas'' para lançamento de projetos e depois não liberar os recursos. Além das obras de saneamento e habitação, Lula falou ainda sobre a Transposição do Rio São Francisco. ``Eu não acho que o rio São Francisco tenha um dono. É um rio nacional e riqueza de 190 milhões de brasileiros. E, por isso, nós precisamos levar água para aqueles que não têm e pedir a compreensão. Para que esse país seja mais justo'', disse o presidente.

Duas passagens da fala presidente chamaram a atenção dos presentes, arrancando até gargalhadas. Primeiro, Lula ressaltou a importância de obras de saneamento que não aparecem e ficam sob a terra. ``O prefeito de Parnamirim disse bem. Nem todo mundo gosta de fazer obra que enterra o dinheiro debaixo da terra. É uma cultura. É muito melhor fazer uma ponte, um viaduto. Uma coisa que fica visível. Aí você escolhe logo o nome de um parente e coloca um nome. Ponte Lula. Ponte, sabe, Wilma. Ponte Dilma. Ou seja, é um pouco da pequenez política'', disse o presidente. Não sabe ou não lembra Lula que uma das principais obras do governo Wilma é a Ponte de Todos Newton Navarro. Depois, fazendo referência ao petróleo extraído em território norte-rio-grandense, o presidente afirmou que seria descoberto ainda mais óleo e que a governadora passaria a ser chamada de ``sheica Wilma''.

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