quinta-feira, 12 de julho de 2007

Prisão preventiva de vereadores ainda não foi descartada

O delegado de defesa do patrimônio público, Júlio Rocha, afirmou que ainda pode pedir a prisão preventiva dos vereadores investigados pela Operação Impacto, caso surjam elementos que comprovem essa necessidade no decorrer da análise dos documentos apreendidos. O trabalho deveria começar ainda nesta quinta-feira, mas não havia previsão do término.

De acordo com Rocha, há um prazo de 30 dias para a entrega do inquérito podendo ser prorrogado, mas ele afirma que deverá concluir o inquérito no tempo necessário para apontar os verdadeiros culpados. ``Trata-se de uma investigação minuciosa e criteriosa e que a cada momento surgem novos fatos que precisam ser apurados'', afirmou.

Dentro desses novos fatos o delegado destaca o encontro de cartões de banco no nome de terceiros nos gabinetes de alguns vereadores. Ele prefere não divulgar os nomes, mas diz que com um deles foram encontrados sete cartões com as respectivas senhas e ainda um cheque em branco, assinado. Em outro gabinete, pelo menos 50 cartões com as senhas.

Somente na sala do delegado foi possível ver oito CPUs de computador além de vários malotes, cada um identificado com o nome do vereador a que se referia. No momento da entrevista chegaram os últimos documentos apreendidos na casa do vereador Geraldo Neto (PMDB). Entre eles, os lacres de banco que separavam os R$ 77.312 encontrados em sua casa que eram de pelo menos quatro bancos, sendo 21 deles do Banco do Brasil, três da Caixa Econômica Federal, um do Banco Safra e outra Unibanco.

Segundo ele, com a apuração do caso, várias medidas judiciais foram tomadas, entre elas as escutas telefônicas. Mas outras ainda podem ocorrer, uma vez que quanto mais provas que baseiem a denúncia, mas contundente será o inquérito.

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