Uma manobra regimental articulada politicamente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com seus principais aliados, pode facilitar a salvação do seu mandato já na votação do Conselho de Ética da Casa. A idéia é fazer com que a votação sobre o seu caso seja secreta, o que reduziria a exposição dos senadores diante da opinião pública e facilitaria a absolvição de Renan.
Nesse modelo de votação, Renan conta ter o apoio de pelo menos nove dos 16 integrantes do Conselho. No sistema de voto aberto, até mesmo os aliados do senador consideram praticamente impossível absolvê-lo dentro do Conselho.
Mas com o voto fechado, acham que os senadores indecisos penderão a favor do senador alagoano. Os defensores da cassação de Renan, como o senador José Nery (PSOL-PA), são contra a adoção do voto secreto no Conselho.
A estratégia foi definida nos últimos dias por Renan e seus principais aliados e quinta-feira mesmo o presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), já defendeu a adoção do voto secreto. Aliado de Renan, Quintanilha acha que esse sistema é regimentalmente o mais correto a ser adotado.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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