A PF (Polícia Federal) realiza nesta segunda-feira uma operação em cinco Estados para desarticular uma suposta quadrilha envolvida com o tráfico internacional de drogas. Durante os trabalhos, um helicóptero e um avião de pequeno porte foram apreendido.
De acordo com as investigações, criminosos colombianos enviavam drogas para a Europa a partir empresas de exportação de frutas sediadas no Brasil e em outros países da América do Sul.
Batizada de São Francisco, a operação conta com a cooperação internacional de oito países --Uruguai, Holanda, Bolívia, Inglaterra, França, Espanha, Argentina e Paraguai. No Brasil, os trabalhos ocorrem em São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. Buscas também foram feitas no aeroporto Campo de Marte (zona norte de São Paulo).
A PF afirma que sete investigados --cinco colombianos e dois brasileiros-- foram presos no último sábado no Uruguai, com meia tonelada de cocaína pura.
Apontado pela polícia como líder da organização, Gustavo Duran Bautista é um dos presos. Ele é empresário no ramo de exportação de frutas e possui três fazendas no Brasil e no exterior. Segundo a PF, o patrimônio é resultado do dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
O objetivo da operação desta segunda seria prender seis pessoas. A PF ainda não confirmou quantos suspeitos foram localizados ou se já têm advogado de defesa constituído.
Tráfico
No último dia 7, a PF prendeu em um condomínio da Grande São Paulo o colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, um dos traficantes de drogas mais procurados do mundo. Não há confirmação se os investigados na Operação São Francisco mantinham ligação com Abadía.
Herdeiro do cartel de Cáli, Abadía é apontado como chefe do influente cartel Vale do Norte da Colômbia. Nos EUA, ele é acusado de traficar drogas no Colorado e em um dos distritos de Nova York e é apontado pelo DEA (agência antidrogas americana) como o chefe do Cartel do Vale do Norte, da Colômbia, que teria enviado mil toneladas de cocaína para aquele país. Ele ainda é acusado de ordenar 315 assassinatos --300 na Colômbia e 15 nos EUA.
Fonte: DN Online
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