Depois de consultar o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aliados desistiram de recorrer ao STF para garantir que seja secreta a votação do pedido de cassação de seu mandato, marcada para amanhã no Conselho de Ética.
A avaliação é que havia o risco de o STF rejeitar o mandado de segurança alegando que essa é uma questão interna do Legislativo, o que seria uma derrota para Renan. E foi ponderado que a atitude seria interpretada como uma manobra para atrasar o processo.
Nomeado ministro da Defesa há pouco mais de um mês, Jobim é da ala do PMDB ligada a Renan. Ele foi à casa do senador no sábado e o aconselhou a encerrar rapidamente o caso para evitar o acúmulo de denúncias.
"Confesso que se dependesse só da minha vontade eu já teria ido ao STF, mas outros companheiros entendem que é melhor não ir e não demorar mais no conselho", disse o senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos relatores do caso.
Aliado de Renan, Almeida Lima pediu a absolvição do presidente do Senado. Já os relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) recomendaram a cassação por quebra de decoro. Ele é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior.
Fonte: Folha Online
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