“Hoje já me considero uma pessoa civil”. As palavras da sargento Mary Regina ditas durante uma coletiva remetem à sua expulsão dos quadros da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Regina disse que “pode exercer a cidadania depois de 17 anos `castrada' (em referência ao período em que esteve na Corporação)”. “Agora posso `rasgar o véu' e fazer meu desabafo”, comentou.
Ela disse que ficou “extremamente chocada porque não esperava isso por parte do coronel Marcondes (comandante da PM). Segundo ela, o governo do Estado dever se envergonhar se mantiver ele (Marcondes) no Comando da Polícia Militar. Tenho um inimigo e o nome dele ‚ Marcondes Rodrigues Pinheiro'', revelou Mary Regina, que ainda fez uma ressalva: “Qualquer coisa que me acontecer, atribuo a ele”.
Segundo o relatório do Conselho de Disciplina da PM, “(..) a processada foi formalmente acusada de haver, em novembro de 2005, contraído empréstimo pessoal no valor de R$ 15 mil, dando como garantia seis cheques no valor de R$ 2.250 cada, (...) consta ainda, que os referidos cheques não foram resgatados, nem tampouco o pagamento foi efetuado”.
A advogada Kátia Nunes, que faz a defesa de sargento Regina, disse que o “Conselho de Disciplina não entendeu pela expulsão dela da Corporação”. Ela disse que os “cheques não estavam sem fundos” e informou que “a Portaria foi instaurada em dezembro de 2005 e os cheques apareceram em maio deste ano”.
Kátia garantiu que será instaurado um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça por considerar a expulsão um “ato abusivo”. ²Regina frisou que não vai deixar a presidência da Associação dos Subtenentes e Sargentos da PM. “O Estatuto me garante o mandato até o próximo ano”, disse. Ela declarou que “não vai deixar de lutar pela família da PM”. “Ele (Marcondes) sabe que essa voz não vai se calar”, afirmou.
O sargento garantiu que à frente da Associação vai continuar fazendo cobranças que considera pertinentes. Ela agradeceu a solidariedade prestada por alguns oficiais da PM logo que souberam de sua expulsão.
Fonte: DN Online
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