quarta-feira, 19 de setembro de 2007

INSS: fraudes causam prejuízo de mais de R$ 5 milhões

O Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais informou ontem que ofereceu denúncia contra 62 acusados de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Conforme o MPF, o grupo estava dividido em duas quadrilhas, que atuavam na Grande Belo Horizonte.

O esquema fraudulento consistia na venda de atestados, receitas médicas ou relatório e laudos que eram usados em perícias médicas em todo o estado. A estimativa é de que o prejuízo causado aos cofres públicos tenha sido de mais de R$ 5 milhões.

De acordo com a denúncia, o esquema funcionou durante mais de dez anos e forneceu cerca de 400 laudos falsos para aposentadoria, a maioria por incapacidade psicológica. O despachante Fernando de Araújo Júnior foi apontado como chefe do bando.

A Araújo Júnior, conforme o Ministério Público, cabia a tarefa arregimentar e fazer os contatos iniciais com os "clientes" - vítimas que não possuíam tempo necessário para se aposentar ou não preenchiam os requisitos necessários à concessão de benefícios previdenciários.

A Procuradoria da República em Minas observou na acusação formal que a quadrilha "providenciava os atestados médicos e quaisquer outros tipos de exames, independentemente da doença que se desejava forjar, chegando até mesmo a instruir os `clientes' a se automedicarem com substâncias que influíam no resultado das perícias a que tinham de se submeter no INSS".

Os denunciados foram acusados, entre outros crimes, de prática de estelionato, formação de quadrilha, falsificação de documentos e corrupção. A reportagem não conseguiu contato com Araújo Júnior.

Fonte: Tribuna da Imprensa

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