quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Lula defende direito de defesa a Renan Calheiros e a José Dirceu

Em entrevista exclusiva às rádios na manhã desta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito de defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) --entre outros petistas denunciados no esquema do mensalão, mas não citou os nomes.

"É bom que se garanta o direito das pessoas, tanto o direito do acusador, quanto da pessoa que vai se defender", disse Lula, respondendo à pergunta da rádio "Itatiaia", sobre foro privilegiado.

"O que nós queremos é que tenha agilidade [no processo do mensalão], que haja Justiça para que se separe o joio do trigo", comentou.

Questionado sobre a ameaça de peemedebistas que cobram fidelidade de petistas no Senado sobre o caso Renan, Lula desconversou. Segundo ele, não há possibilidade de o PMDB "misturar os problemas" com as votações de interesse do governo.

"Políticas públicas têm de ser votadas", afirmou o presidente, ao responder pergunta da rádio "Tupi".

Ética

"O PT não pode se curvar diante do debate da ética. Outros partidos podem ser iguais ao PT, mas não mais éticos do que ele", disse.

Sem mencionar diretamente o julgamento da denúncia do mensalão, Lula destacou a necessidade de se aguardar a apresentação da defesa dos acusados.

"Não se pode permitir que as pessoas sejam executadas antes do julgamento e de apresentar a defesa", afirmou.

Em seguida, o presidente lembrou o princípio da inocência que, segundo ele, rege o Direito no Brasil. "O autoritarismo não está na índole do brasileiro. É preciso respeito ao processo democrático das investigações. Todo ser humano é inocente até que se prove o contrário", disse.

Fonte: Folha Online

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