domingo, 2 de setembro de 2007

Pais clamam por UTI para atender recém-nascidos

A necessidade de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para crianças nos primeiros dias de vida em Mossoró está cada dia mais evidente diante das urgências nas maternidades do município, que além de receber mães e bebês mossoroenses prestam atendimento a vários municípios da região.A realidade está sendo colocada por pais que sofrem a perda de seus filhos recém-nascidos. Eles pedem que a comunidade se mobilize para cobrar soluções.

O secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Saúde Pública, Petrônio Spinelli, afirmou na audiência pública realizada no último dia 28 de agosto, em Mossoró, com a participação de diversas autoridades políticas na Câmara Municipal, que em 45 dias haverá a instalação dos equipamentos, pois segundo ele já existe um espaço físico com tamanho apropriado dentro da Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM) e que dentro do prazo os equipamentos podem ser deslocados ou viabilizados pela Secretaria Estadual, o que não representa, segundo ele, altos investimentos. O que está pendente é a reforma estrutural do espaço físico disponível.

Sobre a necessidade de instalação da unidade na cidade, o presidente da Associação Médica de Mossoró, médico anestesista Ronaldo Fixina, diz temer que essa seja mais uma promessa feita com chances de não ser cumprida, à exemplo de outras feitas anteriormente sobre o mesmo projeto. "Esse problema já se tornou um jogo de empurra-empurra que vem se prolongando há mais de dois anos. Para instalar uma UTI infantil como essa que estão prometendo, é necessário equipar o hospital em todos os sentidos, da parte humana até a física. Não pode instalar de qualquer jeito só porque está se cobrando", alerta o médico.

De acordo com Fábio Luís Ricarte de Sousa, diretor da Apamim, embora os casos de pequena e média complexidade em recém-nascidos sejam tratados na cidade com alta resolubilidade, Mossoró não dispõe de UTI Neonatal, por isso, quando o tratamento intensivo é indispensável, os pacientes são transferidos para Natal.

LEGISLATIVO - A Comissão de Saúde formada por vereadores da Câmara Municipal de Mossoró também está engajada no propósito de solucionar o problema da falta de uma UTI Neonatal em Mossoró. De acordo com a vereadora Gilvanda Peixoto, a comissão tem trabalhado na linha de denunciar e cobrar através de audiências públicas para que o município possa contar com a unidade. Gilvanda alerta ainda que os problemas da saúde em Mossoró não se resumem somente à falta da UTI infantil, mas também à assistência que é prestada, tanto à mãe quanto ao bebê, além de outros serviços.

Fonte: Gazeta do Oeste

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