Rosalba defende reajuste na tabela do SUS e combate á mortalidade materno-infantil

A senadora Rosalba Ciarlini aproveitou a audiência pública promovida pela Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para cobrar da União, o repasse direto dos recursos do Sistema Unico de Saúde - SUS, para os municípios.- A dependência dos municípios diante dos Estados no repasse de recursos traz dificuldades em algumas situações- argumentou a senadora, defendendo, o financiamento da saúde, com o reajuste da tabela do SUS.

Diante da preocupação da parlamentar, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, José Carvalho de Noronha, adiantou que o governo está estudando uma maneira de captar recursos para a saúde, destacando que há dificuldades, por exemplo, para o reajuste no preço da consulta que hoje custa R$ 7,55. E argumentou que o governo estuda a possibilidade de reajustá-lo para R$ 10,00, admitindo que haverá um aumento significativo já que são cerca de 300 milhões de consultas pelo SUS.

Depois de pedir pressa no plenário da Casa, na semana passada, para a regulamentação da emenda 29, a senadora fez o mesmo na audiência pública. Disse que é precisar haver nova conceituação sobre as ações da saúde e que o governo federal e os Estados precisam cumprir a obrigatoriedade dos percentuais mínimos para o setor. – Em muitos municípios, a aplicação chega a ser superior aos 15% constitucionais para cobrir a falta da União e Estados-, exemplificou a senadora, reafirmando que está na hora do Governo e Congresso agilizarem a aprovação da emenda para a saúde.

Ao ouvir dados sobre a redução na mortalidade materna, a senadora Rosalba Ciarlini reagiu dizendo que há Estados onde o número de mães que morrem de parto é, ainda, muito alto, citando que recém-nascidos também estão morrendo por falta de condições de atendimento, principalmente, de UTI Neonatal, como é o caso de Mossoró e outros municípios do interior do RN.

Reconhecendo a importância do SUS, Rosalba disse que nesses quase 20 anos, o sistema tem prestado atendimento à população carente, mas o serviço ainda está muito aquém. –Se fosse um bom serviço os planos privados de saúde não estariam experimentando crescimento expressivo-, argumentou, voltando a defender mais recursos para o SUS.

RPC - Rede Potiguar de Comunicação