quinta-feira, 13 de setembro de 2007

DEM e PSDB fecham cerco contra Renan

Na assumida tentativa de se explicar à sociedade e tentar se desvincular da crise do Senado, o PSDB, o DEM e senadores do PDT, PSB, Psol e PMDB anunciaram hoje (13) à tarde medidas para retaliar o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mesmo derrotados com a absolvição do alagoano ontem, eles querem fechar o cerco e fazê-lo deixar a presidência da Casa.

Por isso, anunciaram quatro medidas: querem pressa na apuração das novas denúncias contra Renan; querem pressa na aprovação de matérias para moralizar o Senado; sequer vão se reunir com o presidente da Casa; e vão escolher algumas medidas provisórias e projetos de lei para fazerem obstrução “seletiva” no plenário.

Participaram do encontro, os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), José Nery (Psol-PA) e Patrícia Saboya (PSB-CE). O líder do DEM, José Agripino (RN), usou a absolvição de Renan para explicar o que motivou os colegas a tomarem as decisões de hoje. “Mostrar ao país que nós não somos parte daquele cenário. Estamos demarcando nosso território.”

O grupo de senadores quer a rápida indicação dos relatores paras as denúncias ao Conselho de Ética, segundo as quais Renan usou laranjas para comprar rádios em Alagoas e participou do pagamento de propinas para obter benefícios ao PMDB.

A pauta ética defendida pelo grupo tem três matérias: a PEC 38/2004, do ex-senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que torna abertas todas as votações de cassação em plenário; o projeto de resolução de Delcídio Amaral (PT-MS) que acaba com as sessões secretas; e a proposta de resolução para afastar da Mesa Diretora e das comissões todos os acusados em processos no Conselho de Ética.

Segundo Agripino, nenhum dos três partidos e dos senadores participantes do encontro de hoje sequer vai participar de reuniões com Renan. Ontem, o presidente da Casa pediu reunião com os líderes para retomar o rumo das votações.

Fonte: Congressoemfoco

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