quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Bancos públicos do RN entram em greve por tempo indeterminado

Em assembléia nesta terça à noite no Sindicato dos Bancários, a categoria decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. Nesta quarta é feriado estadual em homenagem aos mártires de Uruaçu e Cunhaú, por isso as agências não abrem. Na quinta, às 8h, os bancários voltam a se reunir para definir se mantém a paralisação ou retornam ao trabalho no Rio Grande do Norte.

Os funcionários dos bancos públicos do Rio Grande do Norte não seguiram a tendência do Comando Nacional dos bancários que recomendou aos 150 sindicatos que integram a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) acatar a oferta de reajuste salarial feita na segunda pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que entre outras coisas previa reajuste salarial de 6%. Com a decisão, os potiguares não deverão contar com os serviços bancários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste.

O Comando Nacional dos Bancários sugeriu aos sindicatos locais que suspendessem o movimento e com isso, os bancos privados devem funcionar normalmente na quinta em Natal. Já os servidores dos oficiais, irão fazer uma assembléia de avaliação às 8h desta quinta-feira.

Entre as reivindicações da categoria no estado estão a ampliação do horário de atendimento nas agências, que passaria a ser das 9h às 16h, o reajuste salarial de 29,27% para a rede privada e a recuperação de 80% a 100% para os bancários da rede pública, referente a perdas acumuladas desde a instituição do Plano Real. Eles também pedem isonomia entre novos e antigos funcionários e planos de cargos e salários, diz Liceu Carvalho.

Caixa

Os bancários da Caixa Econômica Federal, que negociam separadamente, aprovaram a greve, já que os bancos não fizeram nova proposta de reajuste.

Entre os entraves para os 70 mil funcionários da Caixa está o valor da PLR. No ano passado, eles receberam 80% do salário mais R$ 3.168. Neste ano, a Caixa ofereceu adicional de R$ 878.

Os bancários também querem Plano de Cargos e Salário (PCS), isonomia entre os funcionários que ingressaram antes e depois de 1998 e contratação de 1.000 concursados por mês. Não há encontro marcado entre bancários e Caixa para renegociação.

Fonte: DN Online

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