Mossoró já dispõe de um prédio destinado ao Centro Educacional de Privação de Liberdade (CEDUC), cujas obras já foram concluídas, mas até agora continua fechado. De acordo com a juíza Fátima Maria Soares, da Vara da Infância e da Juventude, não se sabe quando a obra será inaugurada.
Segundo ela, recentemente o promotor da Infância e Juventude, Dr. Olegário Gurgel visitou as instalações e constatou que o prédio já está terminado, mas não se sabe por que não há inauguração.
Enquanto isso, os menores infratores continuam sendo enviados para a unidade de Parnamirim, que conforme informou a juíza já está superlotada, pois possui capacidade para atender os jovens da Grande Natal, mas está tendo que abrigar também menores de outras regiões.
Além disso, outro prejuízo destacado pela juíza com a transferência dos jovens é que cumprindo pena fora do convívio familiar, o menor infrator vai ter uma maior dificuldade de ressocialização. Outro aspecto negativo é que com a privação das visitas, uma vez que muitas famílias não têm condições de se deslocar para verem seus parentes internos, cria um ambiente de revolta, diz Fátima Soares. Ela destaca que eles precisam do apoio da família que é importante para todas as pessoas.
Além desses aspectos, ela ainda atenta para o fato de que saindo do convívio da comunidade, muitas vezes o jovem se depara com infratores mais experientes na execução de delitos, comprometendo o objetivo de reabilitá-lo.
Em relação ao número de jovens mandados para Parnamirim, ela afirma que não há como determinar, pois todos os dias entram e saem jovens."Eu gostaria muito de que fosse inaugurado", diz Fátima Soares. "Só sabe como é importante o convívio com a família quem trabalha com o jovem", finaliza a juíza.
Fonte: Gazeta do Oeste
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