terça-feira, 16 de outubro de 2007

Oposição diz não querer disputar sucessão de Renan

A oposição não lançará candidato à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. Embora tenham planejado entrar na briga para tomar do governo o comando do Congresso, apoiando um peemedebista independente como os senadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), tucanos e democratas desistiram do confronto.

"Não queremos disputar nem conflagrar neste momento. Até daria para disputar, mas não com o Senado na UTI como está", resumiu o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). "Entrar na disputa não é assunto prioritário e nem das nossas cogitações imediatas. Se tiver que haver eleição, está na hora de a Casa se reencontrar em um grande entendimento em torno de um nome que inspire credibilidade ao Senado", disse o líder do DEM, senador Agripino Maia (RN).

Ambos reconhecem que é do PMDB a primazia na indicação do candidato, mas impõem condições para evitar contestação. "Não aceitaremos pau mandado nem um nome que rebaixe o Senado. Queremos um presidente altivo, que represente a Casa", insiste Virgílio, ao destacar que os peemedebistas terão de escolher um perfil que os ajude a "reerguer" o Senado. O PSDB aproveita a oportunidade para cobrar um "gesto" de Renan e, mais uma vez, pede que ele renuncie de vez ao cargo de presidente.

O líder do DEM explica que a estratégia da oposição é deixar este assunto fora da pauta neste momento. Alerta, no entanto, para a inconveniência de se vetar alternativas do PMDB na sucessão, como fez Arthur Virgílio quando anunciou o veto público à eventual candidatura de José Sarney (PMDB-AP). "Se começarmos a vetar, damos uma ingênua contribuição para unir a base aliada. Ainda que tivéssemos a intenção de disputar, não poderíamos vetar ninguém", critica Agripino.

Fonte: Agência Estado

Nenhum comentário: