quinta-feira, 25 de outubro de 2007

PMDB tenta saída honrosa para Renan

A bancada de senadores do PMDB procura uma saída honrosa para o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O partido está convencido de que ele não tem mais chances de retomar a direção Casa. Na opinião de alguns parlamentares, o próprio Renan tem essa convicção. “Ele está buscando uma saída para a saída.”

Renan deixou a presidência no dia 11, ao pedir uma licença de 45 dias da presidência. Mas nada impede que ele renove esse afastamento até a votação da CPMF, prevista para acabar no final do ano, segundo os cálculos dos governistas.

A movimentação para suceder Renan está à solta. O PSDB já revela aos peemedebistas os nomes mais consensuais. No início da semana, o assunto foi tratado abertamente no plenário por Cristóvam Buarque (PDT-DF), Mão Santa (PMDB-PI) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Na ocasião, Mão Santa disse que o peemedebista Pedro Simon (RS) era o nome para acabar de vez com a crise do Senado.

Mas no páreo para a vaga – que é do PMDB – surgem ainda Garibaldi Alves (RN), Gérson Camata (ES), José Maranhão (PB), Neuto de Conto (SC) e Valter Pereira (MS). A quantidade de pré-candidatos e a antecedência da discussão não são bem vistas pelo líder dos peemedebistas, Valdir Raupp (RO). “O pessoal começa a te torpedear”, avalia. Para o senador, em pequenos colégios eleitorais, o ideal é anunciar a candidatura o mais próximo possível das eleições.

Se Renan sair mesmo, a idéia é ao menos garantir-lhe uma saída honrosa. Ou seja, ele deixaria a presidência, abrindo caminho para a sucessão, mas permaneceria com o mandato – apesar da série de processos a que responde no Conselho de Ética. Essa saída dependeria do resultado das investigações. Mas o PMDB torce para que Jefferson Peres (PDT-AM), relator da principal acusação contra Renan, continue sem provas para pedir sua cassação por quebra de decoro parlamentar.

A denúncia de um ex-aliado do senador, o usineiro João Lyra, dá conta de que ele e Renan compraram juntos um jornal e duas rádios em Alagoas. Para concretizar o negócio sem aparecer na composição societária das empresas, o presidente licenciado do Senado teria usado “testas-de-ferro”.

Fonte: Congressoemfoco.com.br

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