domingo, 21 de outubro de 2007

RN paga 2º melhor salário do Nordeste

Os professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte recebem o segundo melhor salário da região Nordeste, ficando atrás somente do Estado de Alagoas, segundo levantamento realizado com base em dados fornecidos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Pelo mesmo levantamento, que considerou o piso inicial do professor com licenciatura plena, o Rio Grande do Norte obteve a décima colocação no ranking dos salários do magistério estadual em todo o país, superando estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os professores da rede estadual no Rio Grande do Norte, em início de carreira e com formação superior, recebem salários de R$ 868, para uma jornada de 30 horas semanais, o que corresponde a R$ 7,23 por hora. Em Pernambuco, Ceará e Piauí, por exemplo, o professor, nesta mesma situação, ganha respectivamente R$ 3,03, R$ 4,46 e R$ 4,62 por hora, ficando nas últimas colocações. A melhor remuneração do país paga a esta categoria de profissionais do ensino público, conforme dados da CNTE, é no Estado do Acre.

Outro dado comparativo também coloca o Rio Grande do Norte em situação destacada quando o assunto se refere aos vencimentos dos professores da rede pública. O contracheque que o professor recebe no final do mês equivale praticamente ao piso nacional aprovado pela Comissão de Educação da Câmara, no início deste mês, e que prevê salários de R$ 950 para docentes das redes municipais e estaduais formados no ensino médio e com jornada de 40 horas semanais. O docente potiguar que, por ventura, ainda se enquadra nesta categoria, recebe R$ 620 para uma jornada de 30 horas semanais - ou seja, 10 horas a menos - e terá seu salário reajustado para R$ 712,50, quando o piso nacional for aprovado. O projeto de lei que regulamenta o piso nacional dos professores ainda terá de ser respaldado por outras comissões da Câmara, antes de ser encaminhado ao Senado.

Ocorre que o Estado não contrata mais professores sem licenciatura plena - ou formação superior. No concurso público realizado em 2000, 1.283 professores aprovados tinham nível superior, mas começaram a receber como nível médio. "O atual governo, que herdou o problema, procurou regularizar a situação e, do total dos aprovados, 1.083 já tiveram sua promoção oficializada", revela a secretaria estadual de Educação, Ana Cristina Medeiros. Segundo ela, os processos de outros trinta estão sendo analisados pela assessoria jurídica da Secretaria Estadual de Educação. Os 70 restantes ainda não deram entrada em seus processos, retardando a regularização.

Fonte: Diário de Natal

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