sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Senadores ameaçam renúncia coletiva na CCJ

Num ato de solidariedade aos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS), destituídos ontem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadores de outros partidos e do próprio PMDB ameaçam paralisar a Casa com uma renúncia coletiva dos integrantes da comissão. Essa posição foi anunciada hoje pelo senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) e poderá ser adotada na próxima semana se o líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), não voltar atrás na decisão de substituir os dois peemedebistas.

Na próxima semana, o grupo suprapartidário de senadores que já propôs uma série de medidas de moralização da Casa, incluindo a adoção do voto aberto e da sessão aberta para a votação de pedidos de cassação de mandato, voltará a se reunir para discutir o assunto."Cansei de discursos, temos que fazer alguma coisa", afirmou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

A destituição de Jarbas e Simon foi decidida em jantar na casa de Raupp, que cumpriu uma determinação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois peemedebistas são contra a permanência de Renan no comando da Casa. Na sessão de hoje do plenário, Cristovam Buarque leu requerimentos dirigidos ao líder do PMDB. Dois deles foram propostos pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI): um pedindo o recuo de Raupp e outro a intervenção do senador José Sarney (PMDB-AP), que também participou do jantar na casa de Raupp, em favor dos destituídos.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) encaminhou ofício à Mesa se solidarizando com Jarbas e Simon. Se o líder do PMDB não atender aos apelos e mantiver sua posição, os outros partidos podem também ceder vagas, pelo menos de suplente, na CCJ para os dois peemedebistas.

Fonte: Agência Senado

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