O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, ofereceu denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira contra 15 acusados de envolvimento com o mensalão tucano, entre eles o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o empresário Marcos Valério.
A denúncia tem cerca de 80 páginas e os acusados devem responder por peculato e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. No Supremo, o relator do caso é o ministro Joaquim Barbosa.
No documento, o procurador pede que o advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério na empresa 2S Participações, seja investigado separadamente. Ele teria recebido dinheiro do valerioduto durante a campanha de 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo tentou, sem êxito, a reeleição.
Então vice-governador de Azeredo, Walfrido é suspeito de ter participado do comando financeiro da campanha. Também teria quitado, por meio de Marcos Valério, dívida de R$ 700 mil de Azeredo com Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha.
Governo
Com o oferecimento da denúncia ao Supremo, Walfrido deve deixar o cargo para se defender das acusações, como antecipou reportagem de hoje de Valdo Cruz.
O líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), disse que o ministro está desconfortável com a situação. "Qualquer pessoa que estiver sob a égide de uma ameaça dessas estaria desconfortável. Por isso que todos estão torcendo [por ele]. [O desconforto] só ele sabe e sua família", disse Múcio, cotado para assumir o posto de Walfrido.
Múcio negou que a saída de Walfrido tenha sido discutida na reunião de hoje do conselho político. "Esse assunto [a saída de Walfrido] não foi tratado. Todos nós estamos torcendo para o melhor do país. Todos nós sabemos da contribuição que o ministro Walfrido dá para o país: seu instinto democrático, a facilidade em conversar e saber ouvir."
Fonte: Folha Online
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