A bancada do PTB no Senado decidiu romper com o bloco de apoio parlamentar ao governo, liderado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), também líder do PT. Com isso, o partido passará a se submeter apenas ao seu próprio líder e maior independência nas votações em relação ao Planalto.
Os cinco senadores que participaram da reunião também decidiram pedir à Executiva Nacional do PTB que não feche questão a favor da prorrogação da CPMF, cuja proposta está pra ser votada no Senado. Participaram da reunião os petebistas Romeu Tuma (SP), Epitácio Cafeteira (MA), atual líder da bancada, Gim Argelo (DF), Sérgio Zambiasi (RS) e Mozarildo Cavalcanti (RR).
Da atual bancada, apenas o senador José Vicente Claudino (PTB-PI) não participou do encontro, por motivos de saúde. O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que se filiou este ano ao partido, está licenciado do mandato.
“Saímos do bloco de apoio ao governo, mas não saímos do governo”, disse Zambiasi ao Congresso em Foco. O bloco de apoio ao governo é formado pelos seguintes partidos: PT, PSB, PCdoB, PR, PRB e PP.
Como a decisão foi da bancada, e não da Executiva do partido, o PTB continuará com os cargos que ocupa no governo, admite o senador gaúcho, que faz questão de ressalvar que os petebistas não estão migrando para a oposição, mas apenas assumindo uma postura mais independente nas votações.
Na semana passada, a líder do bloco de apoio ao governo retirou o petebista Mozarildo Cavalcanti da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque ele votaria contra a prorrogação da CPMF. O gesto de Ideli, que assumiu o lugar do roraimense na comissão, foi classificado por Mozarildo como um ato de “truculência”.
Fonte: Congressoemfoco.com.br
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