O senador José Sarney (PMDB-MA) afirmou nesta segunda-feira, 10, que está em curso um acordo entre os partidos para adiar a votação da CPMF, prevista para esta terça, e um entendimento para avançar nas negociações que possibilite a aprovação da emenda.
"Sem (o governo) ceder, não dá", disse ao chegar ao Senado. Sarney acrescentou que as propostas de negociação estariam sendo discutidas com o governo. "Acho que vai ter um acordo", afirmou, otimista. Em sentido oposto, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou nesta segunda-feira que a CPMF será votada "impreterivelmente" nesta terça e que o governo tem os 49 votos necessários para aprovação.
Se a base (governista) quiser adiar, vai ter de obstruir (a votação): é só não colocar 41 senadores no plenário. Mas não sairá de mim esse adiamento, até porque quem não conseguir votos até amanhã mostra sua fragilidade e seus limites", afirmou o senador governista. "Acho que se o governo não tiver os votos para ganhar ou a oposição não tiver para derrotar o governo, não será num ou dois dias que isso vai mudar. Porque ou foi incompetência ou foi negligência".
Após afirmar que o governo já conta com os 49 votos necessários para aprovar a emenda da CPMF, o presidente interino do Senado não quis entrar em detalhes sobre as negociações que levaram a esse total e se recusou a mencionar nomes de senadores, principalmente da base aliada, que vinham resistindo a apoiar a emenda e teriam agora cedido às pressões do Palácio do Planalto.
Fonte: O Estadão
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