Cortes no Orçamento vão 'doer', diz ministro do Planejamento

Em entrevista concedida a emissoras de rádio nesta quinta-feira (10), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que os cortes no Orçamento para compensar a perda de cerca de R$ 40 bilhões na arrecadação vão “doer” e afirmou que não há áreas “intocáveis”.

“O que existe são as nossas prioridades. Quando você fala do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), você vê as regiões, os governadores falando. Por isso dizemos que não vamos mexer no PAC, a não ser que não tenha como não tocar. O que existe é o equilíbrio do Orçamento, isso sim é intocável”, respondeu.

O ministro reafirmou a intenção do governo em dialogar com o Congresso e disse que os cortes deverão ser proporcionais entre o Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Se você perguntar, vai doer? Vai doer. Todo mundo acha que tem que cortar, mas ninguém quer que corte o seu. Se for no prédio vizinho, do outro lado da rua, no outro poder, na emenda da situação, ou da oposição... Se formos nessa linha, não vamos cortar nada”, criticou.

“Se o Judiciário tem 5% do Orçamento, me parece razoável que ele tenha 5% dos cortes, dentro do que possa ser cortado”, acrescentou. Ele informou que o Executivo deverá concentrar a maior parte dos cortes, cerca de 90%, mas fez a ressalva de que esse não é um percentual exato.

Fonte: G1