terça-feira, 4 de março de 2008

Parlamentares do RN vêem decisão técnica na palavra da Petrobras

O anúncio da implantação de uma refinaria de petróleo no Rio Grande do Norte, feito pela Petrobras na semana passada, não surpreendeu a classe política do estado, embora tenha gerado expectativas, no que se refere a levar o estado a um patamar de competitividade com outros estados produtores de petróleo do Brasil.

O senador José Agripino Maia (DEM) declarou que a implantação da refinaria já estava decidida por interesse comercial da Petrobras, sem que houvesse algum tipo de pressão. ‘‘Existe a possibilidade do Pólo de Guamaré se tornar a 12ªrefinaria da Petrobras e para isso haverá um investimento de 1 bilhão de dólares no período de 10 anos. Esses recursos completariam a estrutura do Pólo, mas isso depende de um estudo de viabilidade técnica e econômica que está previsto para ser divulgado em maio’’, afirmou.

Para o senador, a reunião foi uma oportunidade de mostrar que as principais forças políticas do estado estão interessadas na competição com a Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. ‘‘Eu mantive contato com o presidente e fiz a seguinte pergunta: se o RN for capaz de bancar o empreendimento, poderá desempatar o jogo? E a resposta foi positiva’’, afirmou.

Quanto ao prazo para a divulgação do estudo de viabilidade técnica e econômica, o senador afirmou que a bancada irá acompanhar de perto, mas revelou que estão seguros com a decisão. ‘‘Eles não têm o interesse de nos enganar. Já existe o Pólo Petroquímico, o que nós queremos é ser competitivos’’, declarou.

O deputado federal Betinho Rosado (DEM) também participou da reunião com a Petrobras e afirmou estar satisfeito com a oportunidade que o estado teve de discutir essa questão, embora tenha algumas dúvidas com relação à implantação da refinaria. ‘‘O que ficou definido com relação à Planta de Guamaré é que ela vai passar da responsabilidade da diretoria de exploração para o refino. O que precisamos saber é se serão processados os 25 mil barris já refinados hoje ou se serão os 70 mil barris que o Rio Grande do Norte produz. Precisamos saber se o benefício atingirá a produção do estado ou apenas uma parte dela’’, revelou.

O deputado acredita que a nova posição da Petrobras se deu pelo preço do barril do petróleo e pelo “esforço’’ que tem sido feito pela sociedade potiguar, para que o estado tenha uma participação mais efetiva nos negócios do petróleo. ‘‘Já demos uma contribuição significativa à nação brasileira, mas acho que recebemos pouco da Petrobras’’, declarou.

Betinho afirmou que há uma grande expectativa do estado com relação ao Pólo Petroquímico, já que a Petrobras tomou posições semelhantes em outros estados, como Sergipe e Alagoas. ‘‘O Pólo Petroquímico é o que dá condições para que o estado cresça’’, concluiu.

Fonte: Diario de Natal

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