sexta-feira, 14 de março de 2008

'Quem decide pelo PT é o PT', diz Vilma Aparecida

A presidente municipal do PT de Natal, Vilma Aparecida, reconhece o peso político dos parlamentares petistas. Contudo, ela garante que o que prevalece no partido não são suas opiniões individuais e sim a decisão da maioria dos seus filiados independente de terem mandato. A despeito da troca de farpas entre o vereador Júnior Rodoviário (PT) e Adriano Gadelha, membro do diretório municipal e assessor da deputada federal Fátima Bezerra (PT), sobre o rumo das discussões em torno de alianças e de candidatura, ela diz que internamente o clima é de tranqüilidade.

Oficialmente, para o PT, de acordo com a presidente Vilma Aparecida, o que está posto é o projeto de candidatura própria, a pré-candidatura do deputado estadual Fernando Mineiro (PT) à prefeitura de Natal, uma agenda de diálogos com partidos que integram a base de apoio do presidente Lula e a discussão da chapa proporcional. ‘‘O PT está numa situação tranqüila, na minha avaliação. Nós estamos conduzindo o processo de discussão interna sobre 2008, estamos avançando na perspectiva de aliança proporcional com alguns partidos, tiramos uma agenda com o PSC, vamos nos reunir novamente no dia 31 de março, tivemos uma reunião muito proveitosa com o PTN e estamos avançando’’, afirmou.

Vilma Aparecida deverá participar, na próxima segunda-feira, de uma reunião, em Brasília, convocada pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, com os presidentes de diretórios estaduais e das capitais para pautar a discussão sobre eleições 2008. ‘‘Eu acredito que esse momento só tende a fortalecer a afirmação do nosso projeto político que é de ter candidatura própria’, afirmou.

Embora alguns cenários tenham sido traçados à revelia das discussões internas do PT, como por exemplo uma chapa encabeçada pelo PMDB, contando com o PT e com o apoio do prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB), Vilma Aparecida disse que a realidade petista é que a ‘‘unanimidade’’ das correntes internas defendem a tese da candidatura própria. ‘‘Nenhum militante defendeu, até o momento, que o PT apóie candidato de outro partido. E, se houver, deve formalizar esse entendimento até o dia 30 de março. Se acontecer, vamos fazer o debate interno. Sendo que no PT, por mais que haja especulações, por mais que reconheçamos o peso político e a representatividade dos nossos parlamentares, quem decide pelo PT é o PT. Também, caso até o dia 24 de março, haja a oficialização de outra candidatura, nós realizaremos prévias’’, disse.

Quanto aos posicionamentos divergentes expostos através da imprensa, Vilma Aparecida disse que ‘‘com certeza’’ o PT sairá unido. ‘‘Nós temos a diversidade de opiniãoes, mas quando o PT decide o conjunto partidário acata as decisões coletivas. O candidato ou candidata que saia vitorioso nas prévias, caso haja, terá o apoio de todos. Nós respeitamos a posição da deputada Fátima, do vereador Júnior, e, como são partidários, temos certeza de que sairão juntos com o PT. Essas divergências não prejudicam porque o PT já nasceu assim. É salutar para o PT o debate político, assim como a unidade quando a maioria toma uma decisão’’, concluiu.

Fonte: Diário de Natal

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