quinta-feira, 12 de junho de 2008

Chuva de Bala começa dia 12, com novo formato e estrutura

A partir desta quinta-feira, 12, mossoronses e turistas tem a oportunidade de viajar pela história da cidade. A derrota imposta a Lampião e seus cangaceiros, durante a tentativa de invasão ao município, em 13 de junho de 1927, será mostrada em mais uma edição do espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró”. A estréia está marcada para as 21h.

Embora a história seja a mesma, o espetáculo é totalmente novo. A Fundação Municipal de Cultura optou pela mudança da direção, permitindo uma leitura nova da batalha de 1927. Eliezer Rolim vai assinar a encenação, que teve suas cinco primeiras edições confiadas ao diretor João Marcelino.

Uma das mudanças que o público vai perceber, de imediato, nessa nova roupagem do Chuva de Bala é a forma como a história será contada. O formato narrativo que caracterizou o espetáculo na direção de João Marcelino, foi substituído por uma versão mais dinâmica e direta. Isso fica claro a partir da retirada do personagem “Antônia”, a contadora de histórias que era encarnada pela atriz Tony Silva.

Outra novidade é a voz. Os atores vão fazer interpretações ao vivo. Os atores vão subir no palco, que mais uma vez será o adro da Capela de São Vicente, com discretos microfones sem fio. Isso vai permitir que os personagens tenham maior mobilidade. O recurso das falas gravadas, foi extinto em grande parte da encenação.

Segundo a produtora executiva do Chuva de Bala, Toinha Lopes, as mudanças não param por aí. Ela informou que haverá uma mistura de teatro e cinema durante todo o espetáculo, que terá cera de uma hora de duração. Isso será possível porque serão instalados três telões para projeção das imagens.

Toinha explicou que essas filmagens serão intercaladas com o espetáculo encenado no palco. As imagens enfocam momentos como a travessia do rio Mossoró pelos cangaceiros, a passagem pela ponte de ferro, o momento em que o bando entrou na cidade e a prisão do cangaceiro Jararaca, que foi morto depois.

De acordo com Toinha Lopes, essas filmagens foram feitas no mesmos locais onde os fatos ocorreram, em 1927. Foi aproveitado o mesmo elenco do espetáculo de palco. A idéia é que o filme seja exibido nos telões. Proporcionalmente à projeção cinematográfica, os atores entram no palco, como se estivessem saindo de dentro dos telões. “É uma proposta arrojada. Vai surpreender”, garante a produtora.

A idéia é que o filme seja exibido nos telões. Proporcionalmente à projeção cinematográfica, os atores entram no palco, como se estivessem saindo de dentro dos telões. “É uma proposta arrojada. Vai surpreender”, garante a produtora.

NÚMEROS – Este ano o Chuva de Bala no País de Mossoró terá uma hora de duração, com 70 atores no palco. Dois grupos de percussão, cada um formado por 15 crianças, vão se revezar. Mais 50 crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) formando uma pirâmide de cristais.

O espetáculo terá 12 encenações, todas no adro da Capela de São Vicente, sempre de quinta-feira ao domingo. A temporada do Chuva de Bala no País de Mossoró, versão 2008, está marcada para o próximo dia 28.

Fonte: Assecom/PMM

Nenhum comentário: